Um homem, de 44 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil em Brasileia, interior do Acre, suspeito de se passar por advogado
e dar golpe em idosos. O suspeito é natural do Rio Grande do Sul (RS) e está no Acre há mais de um ano.
A prisão ocorreu na tarde de quinta-feira (25) em flagrante. Segundo a polícia, o homem se apresentava como advogado para os idosos, mas não apresentava nenhum documento que comprovasse a profissão.
A polícia chegou até o suspeito depois que uma vítima achou estranha a forma como o suposto advogado trabalhava, que não mandava nenhum número de requerimento do processo, e acionou a polícia.
Na casa do suspeito, a polícia disse que encontrou diversos documentos e comprovantes de pagamentos falsos que ele enviava para os clientes. O delegado Rêmullo Diniz, responsável pelas investigações, explicou que o suspeito fez vítimas nas cidades de Brasileia, Assis Brasil e Epitaciolândia.
“Já tem passagem por estelionato no Rio Grande do Sul, inclusive, estamos investigando se tem em outro estado. Aqui no Acre se passou por advogado, se apresentava para as vítimas e também em um escritório de contabilidade, onde precisou fazer uns cálculos para emissão de dívidas e recolhimento. Arrecadava os valores das vítimas alegando que iria quitar as dívidas dessas pessoas junto ao INSS e também organizar a documentação para que essas pessoas se aposentassem”, explicou.
Prejuízo de R$ 30 mil
Diniz acrescentou que o criminoso conseguiu tomar mais de R$ 30 mil, entre os meses de junho e julho, de quatro vítimas. Além disso, o delegado disse que o suspeito procurava sempre idosos em busca da aposentadoria.
“Ia na conversa, com uma lábia fácil e, como se fosse advogado, conseguia angariar o cliente e convencia de que ele deveria ser o responsável por fazer os pagamentos das guias de recolhimento de GPS [Guia da Providência Social] junto ao INSS, que são os valores de vida a títulos de recolhimento previdenciário”, frisou.
A polícia acredita que o suspeito tenha feito outras vítimas em mais cidades do Acre. Isso porque, segundo Diniz, foram encontrados documentos em nome de outras pessoas na casa dele. O homem responde ainda há um processo por estelionato no Rio Grande do Sul.
“As pessoas repassavam os valores para ele, e ele com comprovantes de pagamentos mandava documentos falsos. Esses documentos foram apreendidos na casa dele, além de vídeos e fotos que mandava para as pessoas como se tivesse feito o pagamento em uma casa lotérica. Só que, esse pagamento nunca foi feito, era falso”, reforçou.
Portal G1/AC