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Polícia

Acreanas matadoras do pequeno Rhuan Maycon no DF estão ameaçadas de morte na cadeia

Acreanas matadoras do pequeno Rhuan Maycon no DF estão ameaçadas de morte na cadeia

Polícia Penal descobre que ameaças partem de detentas do presídio conhecido como Colmeia em função da repulsa pelo crime; condenadas agora são classificadas como “casal de homens trans”

As acreanas Rosana Auri da Silva Cândido, então com 30 anos, e sua companheira Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 31, condenados a 65 anos de prisão pelo assassinato do pequeno Rhuan Maycon da Silva Castro, então com 9 anos, em maio de 2019, estão marcadas para morrer na prisão. A condenação partiu de condenadas que cumprem pena na prisão conhecida por Colmeia, em Brasília. A informação é do site Metrópoles.

As acreanas agora são definidas como um casal de homens trans e inclusive com novos nomes sociais - Rosana passou a ter o nome social de Agel e Kacyla é chamada de Alidi. O assassinato de Rhuan Maycon da Silva Castro encontrou para a crônica do país como um dos crimes mais bárbaros já registrados.

O casal de homens trans foi ameaçado de morte mesmo estando dentro do chamado “seguro” do Presídio Feminino do Distrito Federal (PFDF), a Colmeia por outras presas face à natureza do crime: o menino Rhuan Maycon da Silva Castro foi esfaqueado, esquartejado e teve partes do corpo assadas em uma churrasqueira pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, e pela companheira dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, ambas acreanas de Rio Branco e qe se mudaram para o Distrito Federal depois de seguidas mudanças por outros estados do país. Ambas atuavam como cabeleiras quando moravam no Acre.

As ameaças de morte às duas é em funçaõ da repulsa pela brutalidade do assassinato, segundo descobriu a Polícia Penal ao investigar outras internas da Colmeia, as quais consideram as autoras de crime considerado desprezível pela massa carcerária. As ameaças se intensificaram em 2022, e a direção da unidade prisional atendeu aos pedidos de Agel e Alidi, que temiam por suas vidas. Os dois viviam uma relação estável e ocupavam a mesma cela. Eles foram deslocados, então, para uma ala onde eram mantidos isolados em uma espécie de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Tomando banho de sol por meio de um solário disponível dentro da própria cela, sem direito tanto a televisão quanto a caminhar pelo pátio, o casal passou a relatar supostas práticas de tortura e transfobia cometidos entre 2019 e 2023 por 20 agentes penais lotados na Colmeia.