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Polícia

Acidente aéreo: identificação das três últimas vítimas é mais delicada e começa a ser feita pelo DNA

Acidente aéreo: identificação das três últimas vítimas é mais delicada e começa a ser feita pelo DNA

Outras nove vítimas foram identificadas pela arcada dentária. Amostras de familiares foram coletadas e o Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) tenta buscar materiais nos corpos

A fase de identificação das últimas três vítimas do acidente aéreos que matou 12 pessoas em Rio Branco iniciou, nesta segunda-feira (6), a fase mais delicada que é o uso da técnica do DNA para que a liberação dos corpos seja feita. Para isso, as equipes do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) tentam extrair dos corpos algum material que possa fazer o cruzamento com o DNA dos familiares.

O diretor-geral do departamento de Polícia Técnica Científica, Sandro Martins, diz que o estado dos corpos deve dificultar esse processo, mas que as equipes têm se esforçado para finalizar essa identificação.

“A maior dificuldade que nós enfrentamos foi a situação dos corpos. A identificação se dá pelas três técnicas primárias; pela impressão digital, arcada dentária e pelo DNA. No caso, pelo estado das amostras dos corpos, a identificação pela digital foi descartada. Chegamos a pensar que só conseguiríamos pelo DNA, mas nove conseguimos pela arcada dentária”, explica.

Agora, a equipe tentar extrair DNA dos corpos para fazer o exame.

“E agora nós iniciamos esse processamento das amostras. Com a amostra referência dos familiares, nós vamos fazer essa comparação do perfil genético, mas primeiro temos que extrair o perfil genético ou o DNA das amostras dos corpos, o que vai ser também trabalhoso e difícil pelo estado dos corpos”, destaca.

Martins destacou ainda que o Instituto de Criminalística fez o levantamento do local e o apanhado dos vestígios, das evidências, e esse exame pericial que vai apontar a dinâmica do acidente.

“Entretanto, a causa do acidente, o que gerou, o que levou à queda do avião, vai ficar por conta do Cenipa, que é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. O Cenipa esteve aqui em Rio Branco no local, inclusive com os peritos criminais, e fez todo o levantamento para fazer o estudo e chegar à causa do acidente, o motor foi retirado e outros equipamentos foram levados para conhecer a causa que motivou esse acidente”, explicou.

Falta a identificação:

Kleiton Lima Almeida (copiloto), de 39 anos, nasceu e morava em Itaituba, no sudoeste do Pará. Ele tinha se tornado pai há um mês, segundo a irmã, Gardeny Lima;

Antônia Elizângela era natural de Envira, no Amazonas. Segundo nota divulgada pela prefeitura do município, ela era pecuarista.

Francisco Eutimar era natural de Eirunepé, no Amazonas, tinha 32 anos.

No caso das vítimas de Envira e Eirunepé, no Amazonas, as amostras foram coletadas por uma equipe de saúde municipal de cada cidade e enviadas ao IML em Rio Branco. No caso do copiloto, as amostras foram coletadas pela perícia no Pará e devem chegam na capital já nesta segunda-feira (6).

As vítimas identificadas são:

Jamilo Motta Maciel, de 27 anos, era dentista e morava em Eirunepé;

Raimundo Nonato Rodrigues de Melo, de 32 anos, morava em Eirunepé. Ele era dentista e estava na capital acreana para fazer um curso;

Francisco Aleksander Barbosa Bezerra, de 29 anos. Também de Eirunepé, ele trabalhava como vigilante de carro forte e deixa uma filha de 7 anos;

José Marcos Epifanio, de 46 anos. Natural de Envira, ele era irmão de Antônio Cleudo, que também morreu no acidente, e empresário do ramo de combustíveis.

Clara Maria Vieira Monteiro (filha) e Ana Paula Vieira Alves, de Eirunepé. A mãe tinha 19 anos e a criança, 1 ano e 7 meses.

Cláudio Atílio Mortari (piloto) - Ele era natural de São Paulo, mas também morava em Itaituba, no Pará. De acordo com trabalhadores da empresa, Cláudio morava no Pará desde a década de 80;

Edineia de Lima - Servidora do município de Envira, segundo nota divulgada pela prefeitura do município;

Antônio Cleudo Mattos - Natural de Envira, no Amazonas, tinha 46 anos. Era irmão de José Marcos, e também era empresário do ramo de combustíveis.