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Yasmin Brunet é impedida de ir a Tóquio e Medina critica o COB: “só comigo?”

Surfista pediu explicações com o Comitê, após a esposa ser bloqueada de ir a Tóquio

O surfista Gabriel Medina,  uma das principais esperanças do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, criticou duramente o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por não conceder uma credencial à sua esposa, Yasmin Brunet, que o acompanhou na grande maioria das etapas do Circuito Mundial de Surfe, desde fevereiro, quando se casaram.

De acordo com ele, foram feitos alguns pedidos ao Comitê para levar duas pessoas, mas não teve resposta.  “Tenho conversado bastante com o COB. A gente pode levar para o Japão duas pessoas na comissão, e cada atleta está levando o seu pessoal. O Ítalo Ferreira está levando um amigo que o ajuda, e comigo estão dificultando. Minha vida mudou, eu tinha outro coaching, outra estrutura, duas pessoas que não trabalham mais comigo, e não me deram a confirmação se vou poder levar meu atual coaching”, contou. 

“Questionei também se posso levar a Yasmin, porque ela tem viajado comigo. Aí eles (COB) falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas, e o marido da Tati Weston-Webb? Ele surfa, participou do circuito mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar? São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time. Eu vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo?”, afirmou.

O COB, por sua vez, alega que no mês passado credenciou Andy King para atuar como treinador de Medina em Tóquio. Ainda segundo a entidade, conforme o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro.

Apesar do contratempo, o surfista se mostra empolgado com a Olimpíada.

“Desde criança assisto às Olimpíadas. Eu torcia para todos os brasileiros, independentemente do esporte. E no final o que eu queria ver era o Brasil ganhando medalhas, subindo no ranking e passando os outros países. Só de pensar nisso me dá uma motivação a mais. Talvez até sinta uma certa pressão, mas uso a pressão como motivação para buscar a medalha. Espero poder ajudar o Brasil de alguma forma nessas Olimpíadas”, disse.