Em entrevista ao podcast The Diary of a CEO, o ator contou que estava decidido a buscar personagens mais densos e complexos
Matthew McConaughey revelou ter dito não a um contrato de US$ 14,5 milhões (cerca de R$ 75,4 milhões) para estrelar uma comédia romântica. A decisão, tomada no auge de sua popularidade como galã do gênero, foi um divisor de águas em sua trajetória.
Em entrevista ao podcast The Diary of a CEO, o ator contou que estava decidido a buscar personagens mais densos e complexos, longe da fórmula que lhe garantia sucesso de bilheteria.
O afastamento durou quase 20 meses, período em que ele recusou convites e se manteve fora dos holofotes de Hollywood.
O apoio da esposa, a modelo brasileira Camila Alves, foi fundamental nesse processo. Casados desde 2012, McConaughey reconhece que a decisão poderia ter custado caro, mas que se sentia convicto.
Em seu livro Greenlights, ele resumiu o momento com franqueza: preferia não trabalhar a aceitar papéis que não correspondessem às suas ambições.
A pausa estratégica acabou rendendo frutos. O ator reconstruiu sua imagem com produções como O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer), Clube de Compras Dallas, que lhe deu o Oscar de Melhor Ator, Interestelar e a aclamada série True Detective.
Mais do que uma recusa a um cachê milionário, a escolha de McConaughey foi um recado para Hollywood: ele queria ser reconhecido não apenas como galã de comédias românticas, mas como um intérprete versátil e capaz de se reinventar.