O cantor passou cerca de dois anos como o principal rosto da empreitada
O cantor Lucas Lucco utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (28) para fazer um desabafo de um negócio mal sucedido que ele teve nos últimos dois anos, e que estaria o perseguindo até o dias de hoje.
Em uma publicação feita no feed do Instagram, o cantor compartilhou prints dos Stories em que ele responde à pergunta de um fã: “Você tem alguma rede de academias?”.
Lucas então começa: “Não sei. Tenho? Vou contar uma breve história. O ano era 2021 (ano dessa foto aí no fundo que foram as primeiras que fiz para a marca). Naquele ano, eu buscava um negócio fora da música que pudesse um dia ser grande o suficiente para eu não precisar depender só de estourar um hit, fazer um filme ou vender publicidade”.
Segundo o cantor, neste momento ele foi interceptado por duas pessoas, que ele chamou na publicação apenas de “N” e “P”. Eles seriam os responsáveis por fundar a marca — no caso, a academia SkyFit — e que tinha cerca de 4 unidades no interior de São Paulo.
“Minha proposta era simples: meu investimento para expandir o negócio no Brasil inteiro seria minha imagem, a minha energia, credibilidade, networking e expertise e, em troca, um percentual da marca”, explica Lucas Lucco. O modelo de negócios é descrito como “Media for Equity”.
Entretanto, a proposta ganhou um adendo: um período de teste de 2 anos antes de fechar o percentual. “Contestaram que havia possibilidade de eu me envolver em algumas polêmicas e queimar a empresa, não fazer minhas entregas ou simplesmente não conseguir vender franquias”. Mesmo com a condição, no entanto, o cantor aceitou.
Segundo Lucas, ele cumpriu com o acordo, dando a visibilidade necessária para que a empresa crescesse nesse período, tendo sua imagem totalmente vinculada a empresa. “Agora é tarde demais. Recebo mensagens de pessoas reclamando dos equipamentos estragados, franqueados que compraram franquias acreditando que eu ainda fazia parte do negócio... enfim... ela nunca vai deixar de ser a ‘Aca... do Lucas Lucco’ [sem citar o nome ou do que se trata o negócio] porque foi em quem planejou tudo! Tudo isso eu fiz acreditando que esses caras iriam ser homens o suficiente para honrarem com sua palavra”.
Após os 2 anos, período combinado de “teste”, no entanto, os sócios pararam de responder suas mensagens e ligações. “Eu não sabia o que pensar. Eu liguei diversas vezes, eu mandei mensagens de áudio, eu chorei pra carai porque eu não entendia o que estava acontecendo”.
Segundo Lucas, os sócios só entraram em contato com ele para fazer um contrato de uso de imagem por 6 meses para conseguir trocar as fotos do artista por embaixadores. “Eu entrei em depressão. As pessoas mais próximas sabem como eu lutei para continuar trabalhando apesar dos diversos problemas com a minha neuroadversidade/ansiedade”.
Ele continua: “Eu fiquei quase 3 meses entre a sala da casa da minha mãe e a cama. Parei de fazer meus shows. Meus pais já não sabiam o que fazer. Foi o padre, foi a pastora, foi o grupo espírita da cidade... minha mãe chamou todo mundo, começou a acordar 4 da manhã para fazer vigília com o Frei, orando pela minha recuperação”.
Ele então finaliza dizendo que conseguiu se recuperar e que investiu em outros negócios, além de fazer um alerta: “Disseram para vocês que eu fiquei sem tempo, que eu estava apertado com muito trabalho para eu conseguir cumprir com as minhas responsabilidades. Tudo mentira. Eles quiseram se aproveitar ao máximo esse meu silêncio para vender franquia como se eu ainda tivesse no negócio. Já que é o pensamento de 99% das pessoas tirando eles e os parentes”.