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Grazi conta como maternidade e 'memória afetiva' ajudam a interpretar a Paloma

Grazi Massafera tem na ponta da língua o que faria se só tivesse poucos meses de vida: "Não ia trabalhar nunca mais".

É que sua personagem Paloma em "Bom Sucesso", novela das 19h que estreia no dia 29 de julho, recebe um exame trocado no laboratório, que indica que ela tem leucemia e apenas seis meses para viver.

A atriz conta que iria aproveitar a companhia da filha, Sofia, fruto de seu relacionamento com Cauã Reymond, viajar muito e soltar o verbo.

"Não iria trabalhar nunca mais. Nesses seis meses ia só vagabundear, viajar, agarrar na minha filha, fazer as viagens mais loucas, pular de asa delta. Acho que ia fazer que nem a Paloma, gosto dessa coisa dela de falar o que tem vontade, falar uns desaforos na cara de quem merece", diverte-se a atriz.

Para interpretar a costureira Paloma, mãe de três filhos e moradora do subúrbio do Rio, Grazi não precisou buscar inspiração muito longe. Ela se inspirou em sua mãe, que também costura.

"Eu tenho ainda muita memória afetiva, o barulho da máquina de costura quando eu fecho os olhos. É muita lembrança, então fazer uma personagem assim é homenageá-la e tantas outras Palomas que existem por aí", explica.
Na ficção, Paloma se desdobra como mãe solteira para dar conta de três filhos, sendo dois adolescentes. Mas Grazi revela que, na vida real, ainda não está preparada para a próxima fase da filha.

“Não estou preparada para ser mãe de uma adolescente. Eu fui adolescente do interior, outra coisa é ser adolescente no Rio de Janeiro. Aqui são muitos atrativos, então conto com o auxílio do pai, muita conversa com ela, já estou desenvolvendo coisas desse tipo. Eu tinha uma coisa com a minha mãe que eu não conseguia mentir para ela, e tudo eu dizia a verdade. Criamos uma relação de amizade, e tento já ter isso com a Sofia.”