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Entretenimento

Exposição “Comtato Sentir e Ver”vai até dia 27 no Sesc Centro, em Rio Branco

Ficam expostas até o dia 27 deste mês, no salão de exposição do Sesc Centro, na capital, a exposição “Comtato Sentir e Ver”,

do artista plástico Luís Eduardo Ferreira. A mostra, que faz parte do projeto Calenarte, que possibilita o acesso do público a programas culturais e educativos, é a primeira no Acre onde deficientes visuais podem ter acesso a obras de arte por meio do braile, sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão.

“A temática é de inclusão e acessibilidade. São nove obras de tamanhos diferentes espalhadas na galeria. As tintas, as cores usadas, são em texturas diferentes também. É isso que faz com que o outro perceba, sinta e veja a obra com o contato, pois ele junta os elementos e as linhas, formando a imagem dentro do seu campo imaginário. Todas as pessoas podem ter acesso as obras, tocar nelas e utilizar o tato como percepção para conseguir absolver o conteúdo dela”, salientou Eduardo.

Sobre a Exposição

Ver e sentir são do campo da percepção, da leitura do mundo, da apreensão da realidade, potencializar e (con)jugar o verbo com o tato. Sentir e ver, nos faz refletir de forma profunda acerca de como isso é possível, perceber através dos sentidos a complexidade e beleza das obras de artes, é convite desta exposição. As pontas dos dedos tocam as obras para sentir as linhas, formatos, texturas, ondulações. Os elementos ganham formas na percepção.  As obras poderão ser “vistas” por aqueles que não enxergam, assim a imagem se forma, é interpretada, é sentida.

O artista

Luís Eduardo Ferreira tem 23 anos, é formando em psicologia e artista plástico autodidata. Caminha por diferentes linguagens artísticas como teatro, música, literatura e artes visuais e durante a atuação sempre teve compromisso com a acessibilidade do público que o prestigia. A irreverência é sua marca, a primeira exposição foi realizada no ano de 2014, obras surreais feitas à lápis e aquarela surpreendendo o público acreano. A pintura, que inicialmente era um hobby, transformou-se na expressão da sua vida, e de sua personalidade sempre marcante.