A atriz é rainha de bateria da escola de samba Viradouro, do Rio de Janeiro, e analisou a disputa por cargos no Carnaval de 2023
A preparação para o Carnaval 2023 já está a todo vapor para Erika Januza ! A atriz se entrega no segundo ano consecutivo como rainha de bateria da Viradouro, escola de samba no Rio de Janeiro.
Em conversa exclusiva com o iG Gente, a artista deu detalhes da participação na escola, assim como representatividade e inspiração do samba.
Os ensaios da agremiação estão rolando e, neste ano, o samba-enredo prestigia a vida e obra de Rosa Courana, ou Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no país.
“Eu já estou no movimento junto desde que voltaram. Estou muito empolgada porque o enredo fala da primeira negra que escreveu um livro no Brasil. É uma história bem oculta, que quase ninguém sabe, então vai ser muito legal contar. Estou me sentindo super representada ali com esse enredo tão negro”, celebra.
Sabendo da responsabilidade de ser integrante da escola, Erika não gosta de levar falta nos compromissos da Viradouro. “Eu tento ser uma rainha bem presente, eu só não vou mesmo quando não dá para mim, mas, no geral, eu estou sempre muito presente”, conta.
No Carnaval muito se fala da compra de cargo, privilégio para pessoas que não abraçam a comunidade e o espírito da festa brasileira. Quando questionada se já passou por algum tipo de situação, Erika conta que a participação na escola afasta esses “atalhos”.
“Não, graças a Deus, até mesmo porque eu sou muito presente. Eu sempre estou lá, eu sempre estou me dedicando e eu faço aula do que precisar fazer. Eu realmente sou presente e não por causa de ninguém, a não ser a própria comunidade e a escola”, disse ela.
A atriz ainda criticou quem aparece apenas dias antes para buscar fantasia ou visibilidade. “Não adianta ir buscar fantasia no dia. No meu caso, como rainha de bateria, quando eu estiver integrada com a comunidade, integrada com a escola, com todo mundo, a essência do carnaval é você participar e estar junto. Porque tudo é muito lindo quando a gente está vendo na avenida”, comentou.
As grandes inspirações carnavalescas de Erika são Ariellen Dominicano, ex-rainha de bateria da Nenê de Vila Matilde, Aline Oliveira, da Mocidade Alegre, e Camila Silva, da Mocidade Unida da Mooca. Segundo ela, a energia que essas mulheres transmitem chamam a atenção.
Também considerada uma inspiração por outras mulheres negras, a rainha de bateria entende a importância da imagem tanto na televisão quanto no Carnaval.
“É muito importante, uma responsabilidade grande. Eu não sou uma pessoa que fica forçando ser nada para parecer nada para ninguém. Eu não tinha na TV e nem na publicidade alguém para me inspirar, alguém para olhar”, desabafa.
A Viradouro será a última escola de samba do Rio de Janeiro a desfilar na Marquês de Sapucaí pelo Grupo Especial. A escola será a sexta da segunda-feira (21 de fevereiro). Além de Erika Januza como Rainha de Bateria, a Viradouro tem outro nome bem conhecido no mundo das celebridades: Lore Improta. A dançarina é uma das musas da escola de samba.