Atriz, que interpretou Luma no filme ‘Eike - Tudo ou Nada’, deu detalhes de cena relâmpago
Carol Castro analisa a cena em que interpreta Luma de Oliveira no filme “Eike - Tudo ou Nada” como “relâmpago”. A atriz, que aparece em um flashback de quatro minutos da vida do empresário Eike Batista, avalia que apesar da curta participação, a trama do casal no filme diz muito da personalidade do ex-bilionário e elogia Luma.
Para comprovar a teoria, Carol conta ao iG Gente uma frase que improvisou no fim da cena. Nela, a atriz está vestida apenas com roupa íntima e uma camisa de Eike, interpretado por Nelson Freitas. Ela entrega que um dos diretores do filme, Dida Andrade, a pediu para falar em cena o que ela pensaria que Luma falaria para Eike no momento.
“E eu acho que isso diz muito sobre a relação deles: ‘Eu abri mão da minha carreira, da minha vida, por você. E você Eike? Abriu mão do quê por mim?’. Acho que de certa forma isso diz um pouco da discrepância dos dois, porque ele tinha esse ego, essa coisa de ser o maior, ter a mulher como troféu”, pontua.
O casamento de Luma e Eike, pais de Olin e Thor, foi recheado de polêmicas desde o começo. Ela casou grávida e chegou a abandonar a carreira de modelo e passista no Carnaval carioca até 2004, quando se separou do empresário.
A separação teve grande repercussão e exposição de Luma, que rompera o acordo entre os dois, voltando a desfilar e posar em revistas masculinas.
Carol conta que se preparou para interpretar Luma assistindo a entrevistas, vídeos e outras declarações da artista. A atriz afirma que até pensou em procurar Luma para falar da composição da personagem, mas preferiu ficar na pesquisa.
“Hoje em dia, com rede social, você chega até a pessoa, mas eu confesso que achei mais respeitoso ficar quieta e fazer desse jeito: a Luma da maneira mais respeitosa e dentro do que ela nos passou. Não sei se é um assunto que a pessoa quer mexer, sabe?”, analisa.
Apesar disso, Carol relembra que já encontrou Luma em Carnavais. “Já cruzei em camarotes de Carnaval, mas não a encontrei desfilando. Sempre foi uma inspiração para mim, de uma exuberância de uma beleza brasileira”, conta.
Além da pesquisa, a atriz indica que a caracterização foi o ponto principal para ajudá-la a interpretar a modelo. “A peruca, as cinco provas de figurino, duas só pela roupa de Carnaval. Mesmo sendo muito rápido, teve capricho, sabe? Muita preocupação da figurinista e dos diretores”, elogia.
Para Carol, a caracterização também a ajudou a se convencer que poderia interpretar Luma. “Precisei me vestir de Luma, me caracterizar porque eu não me sentia como tal, me sinto mais franzina que ela, ainda mais que emagreci”, comenta.
“Onça da cidade”
Carol também surge no filme vestida com a fantasia polêmica que Luma usou no Carnaval de 1998, em que utilizou uma coleira com o nome de Eike cravejado de pedrarias. A atriz reflete e pensa que a fantasia hoje abriria outros tipos de discussão na sociedade.
“Seria completamente diferente para os dois lados. Primeiro porque tem muito o lado do ‘meu corpo, minhas regras, eu faço o que eu quiser’, né? Acho que a mulher está cada vez mais dona de si. Também geraria a discussão de ser dono, do Eike ser proprietário dela”, analisa.
A atriz lembra que chegou a assistir uma entrevista de Luma em que ela se diz “uma onça da cidade”. “Para a Luma foi uma brincadeira que fez com o marido que ela não esperava essa polêmica toda. Não duvido que possa ter sido uma brincadeira mesmo, por isso fui fiel ao que ela disse”, comenta.
Na época com 14 anos, Carol diz não relembrar das discussões e da polêmica em volta da coleira. “Não tinha idade assim ainda e discernimento para julgar. Na época eu lembro que foi um bafafá, mas não me lembro de participar da discussão”, pontua.
Amizade com Nelson Freitas
Carol contracenou com Nelson Freitas, que faz Eike na obra. Para ela, dividir cena com o ator “foi demais”. “O Nelson me conhece desde os meus 11 anos de idade, ele é amigo do meu pai, já trabalharam juntos e foi uma delícia, ficamos com um gostinho de quero mais”, celebra.
A atriz também elogia o parceiro de trabalho. “Infelizmente era o que cabia e estava na biografia, mas o Nelson é muito generoso, muito genial, vai da comédia ao drama. Ele sempre foi um exemplo, um querido e um amigo”, comenta.
Luma X Carol
A atriz analisa como seriam os escândalos da relação entre Eike e Luma atualmente. “Se naquela época tivessem redes sociais, seria um assunto que renderia muito mais, de todos os lados, iria consumi-los de certa forma”, pondera.
Carol também faz uma comparação com a própria vida pessoal, já que é uma pessoa pública. “Eu procuro ser discreta nas minhas relações, eu falo que você amadurece com os anos e com os danos. Eu fiz 38 esse ano, já tive dois casamentos, mudei o nome, já fui mais a romântica sonhadora impulsiva, mas hoje são tantas cicatrizes que sou mais reservada em relação aos relacionamentos”, afirma.
Ela também defende os famosos com vida romântica ativa. “Talvez eu seja dessas pessoas que pouco se envolveu em polêmicas, quando estou com alguém, estou com essa pessoa. Há quem faça comentários maldosos de dizer que artista muda muito de namorado e tal, só que, na verdade, na vida é assim, mas a nossa é exposta, pública”, pontua.