Eleitor de Bolsonaro, o sertanejo costumava dizer que só “artistas safados” faziam uso de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Eduardo Costa, eleitor do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), costumava defender o fim da Lei Rouanet dizendo que os recursos obtidos via Leia Federal de Incentivo à Cultura eram voltados para “artistas safados” que “mamavam nas tetas do Estado”. Mas ao que parece, a opinião do sertanejo mudou completamente após a derrota do político nas urnas nas Eleições de 2022. O artista foi autorizado pelo Ministério da Cultura a captar R$ 996,5 mil, por meio da Lei Rouanet, até dezembro deste ano. O dinheiro será usado para a gravação do DVD intitulado Eduardo Costa – O instrumentista e as modas de violas de Minas.
“A empresa autorizada a captar os recursos chama-se Churrasco, Cerveja e Viola – C.C.V. Eventos LTDA e pertence a Leandro Restino de Souza Porto. Ele é sócio de Edson Vander da Costa Batista, nome verdadeiro de Eduardo Costa, em outra empresa, a Fox Vision LTDA”, publicou Guilherme Amado, do Metrópoles.
O empresário anexou ao projeto de captação um documento em que o músico afirma estar ciente da proposta para financiar o projeto musical com a Lei Rouanet. Inclusive, o termo, enviado para a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural do Ministério da Cultura foi assinado de próprio punho por Eduardo.
O DVD apresentará músicas sertanejas raiz gravadas pelo cantor com uma orquestra formada por violões, violas e instrumentos de sopro. As gravações serão feitas durante dois shows em Belo Horizonte.
Segundo a justificativa apresentada ao Ministério da Cultura, a renda terá 80% do valor voltado à distribuição gratuita, 10% para patrocinadores e 10% para a divulgação do produto.