Espetáculo fica em cartaz nos dias 6, 7, 13 e 14 de março e nos dias 3, 4, 10 e 11 de abril
Uma sucessão de escolhas desmedidas no cotidiano resultam em erros irreversíveis dos quais nenhum de nós está isento, nem mesmo o mais inocente dos homens. A frase sintetiza o enredo de “Depois de Dora”, que estreia nesta sexta-feira (6), às 19h, no Theatro Hélio Melo [anexo ao Memorial dos Autonomistas]. O espetáculo também será apresentado nos dias 7, 13 e 14 de março e nos dias 3, 4, 10 e 11 de abril. O texto sugere reflexões sobre a morte física e ainda em vida, compartilhando experiências e ressignificando a existência humana.
Por caminhos internos e obscuros, uma turma de quatro amigos estudantes de jornalismo recruta a plateia para juntos explorarem os mistérios da trágica despedida da personagem que dá nome à peça, a controversa Isadora. “Somos nós que vemos o tempo passar ou é ele, o tempo, que nos assiste?”, provoca o diretor Hysnaip Moura, que prepara o elenco de nove atores desde novembro de 2019.
A dramaturgia é de Nolram Rocha, outro membro-fundador do grupo que acaba de participar da recente temporada de “Roda Viva”, de Chico Buarque de Hollanda, encerrada no fim de janeiro. O convite para atuar no Teatro Oficina (SP), que foi concebido na década de 1960, partiu do teatrólogo Zé Celso Martinez Corrêa – considerado uma lenda viva do tablado brasileiro.
O fogo é bom!
O Candeeiro nasceu no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Acre (Ufac), em 2016, orientado pelo professor doutor Micael Carmo Cortês Gomes. Os artistas valorizam a dramaturgia acreana experimentando textos de veteranos e de jovens autores, além de formarem novos atores e de estabelecerem parcerias capazes de potencializar o fazer teatral independente.
“Acreditamos nas trocas com o público e nas mudanças de perspectiva a partir do contato com a arte, porque nela existe a possibilidade de um florescer cultural e de luta político-social sem tabus ou censura. Nossa proposta é manter viva as tradições do ofício e somar com os que estão na atividade e com os que virão, reconhecendo aqueles que trilharam caminhos para que pudéssemos seguir até aqui e daqui adiante”, explica a atriz e produtora Jaqueline Chagas.
A montagem de “Depois de Dora” conta com recursos do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura) de 2019 e recebe apoio institucional do governo do Estado do Acre, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM). A funerária São João Batista e o gabinete do vereador Rodrigo Forneck, de Rio Branco, também entram como apoiadores do projeto.
Serviço: Theatro Hélio Melo | Anexo ao Memorial dos Autonomistas | Av. Getúlio Vargas, N⁰ 309, Centro | Tel.: 68 3224-6417
FICHA TÉCNICA
- Texto de Nolram Rocha
- Direção de Hysnaip Moura
- Produção de Jaqueline Chagas
- Ilustração de Augusto Odin
- Arte gráfica de Weverson Souza
- Registro fotográfico de Mell Liz
- Comunicação de André Gonzaga
ELENCO
- Melânia Brasil (Marília)
- Agnê Ferraz (Narciso)
- Lonara Teixeira (Lúcia)
- André Gonzaga (Caetano)
- Jaqueline Chagas (Dora)
- Jhony Carvalho (Enrico)
- Aleluia Lima (Genetriz/Corombo)
- Iandra Moraes (Corombo)
- Diego Lopes – DK (Corombo)