Emissora tem cortado altos salários e dispensado profissionais com décadas de trabalho na casa
A dez dias do Natal, a Record tem enfrentado uma nova semana de fúria em seus bastidores e promove desde quarta-feira (13) um novo pacote de demissões em massa. Nos corredores, pura choradeira e clima de tristeza. Na lista de dispensa estão entrando profissionais com décadas de dedicação à casa, principalmente no departamento de Jornalismo. Nem mesmo “chefões” têm sido poupados.
Este é o segundo grande passaralho de 2023 na rede de Edir Macedo. Em julho, a emissora já havia cortado um número expressivo de funcionários, incluindo apresentadores, repórteres, produtores e profissionais da equipe técnica. Mylena Ciribelli seria demitida naquela ocasião, mas foi poupada até semana passada, quando não conseguiu escapar do grande corte que estava por vir.
A coluna apurou que as principais áreas afetadas por enquanto são a Record News e o portal R7. Na quarta-feira (13), foram demitidos dez funcionários. Na quinta-feira (14), mais 13 tiveram seus vínculos rompidos. E nesta sexta (15) a previsão é que a lista de cortes seja ainda mais intensa, se aproximando da casa dos 100 demitidos. E desta vez, nomes que trabalham na TV não serão poupados.
Por enquanto, dois nomes se destacam entre os demitidos. O primeiro é o de Margarete Beatriz Noe, diretora do programa Love School, apresentado por Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo. Ela estava na Record há 23 anos, gozava de certa “segurança” por ter uma excelente relação com a herdeira da emissora, mas foi surpreendida com o anúncio de sua demissão.
Quem também acabou inclusa na lista foi Fátima Souza, repórter investigativa do Cidade Alerta que estava na Record há algumas décadas. Profissionais do marketing e de outras frentes importantes da emissora também acabaram desligados.
O clima de choradeira foi intenso porque ninguém esperava que a Record fosse promover mais um corte expressivo ainda em 2023, principalmente às vésperas das festas de fim de ano. Em julho, o impacto havia sido grande, e outros cortes pontuais ocorreram desde então, incluindo dois diretores envolvidos em escândalos de assédio sexual, mas dessa vez o facão pegou a equipe desprevenida e hoje estão todos apreensivos.
Amigos da coluna relataram que a nova chefe do Recursos Humanos, que assumiu interinamente a função desde a demissão do diretor Márcio Santos (denunciado por assediar sexualmente um repórter), passava pelos departamentos e chamava pessoalmente para acompanhá-lo quem seria cortado. Houve quem tentasse desviar do “recrutador”, mas os predestinados não conseguiram escapar. Hoje, novos encontros serão promovidos com anúncios nada felizes.
A coluna procurou a Record logo pela manhã para pedir um posicionamento sobre esta nova demissão em massa, mas até a publicação deste texto não tivemos um retorno. Atualizaremos quando (e se) a emissora se manifestar.