‘Queria ser lembrada por momentos bons’, conta Henrique Casttro sobre desejo da cantora
A morte de Marília Mendonça completa um ano neste sábado (5) e o “Encontro com Patrícia Poeta” homenageou a trajetória da cantora no programa desta sexta-feira (4). A atração recebeu Henrique Casttro, cantor e compositor de sucessos do sertanejo, que era amigo da cantora há dez anos e relatou uma preocupação da amiga com o próprio legado.
O artista contou que já conversou com Mendonça sobre a possibilidade de ela morrer ainda jovem. “Acho muito legal contar histórias da Marília, porque conversávamos muito sobre isso, sobre se um dia acontecesse o que aconteceu [...] Chegamos a conversar sobre isso [morte] uma vez, ela estava preocupada com a internet, com o jeito que as coisas estavam acontecendo, ela chegou a comentar uma vez comigo que tinha medo de acontecer uma coisa dessas com ela, porque tinha medo das coisas boas se perderem para as coisas ruins”, expôs.
Henrique reforçou o que Marília desejava sobre o próprio legado: “Ela sempre falava que queria ser lembrada pelos momentos bons”. Entre as histórias compartilhadas pelo cantor, ele relembrou o início da carreira, quando se mudou do Tocantins para Goiânia apenas com R$ 30 reais e “aprendeu muito de música” com a amiga.
“Tinha mais de dez anos de amizade com Marília Mendonça. A gente se adotou em Goiânia, aprendeu a fazer muita coisa juntos, a beber juntos. Aprendi muito de música com ela. Achava que passar uma música para outro artista era impossível, achava que cada um fazia sua música. Descobri isso através da Marília, ela me ensinou muito, Marília era uma aula”, pontuou o compositor, autor de sucessos como “Sonhei Que Tava Me Casando”, de Wesley Safadão, e “Liberdade Provisória”, de Henrique e Juliano. Com Mendonça, ele já lançou a faixa “Apartamento 119”.
Henrique ainda recordou uma história específica com Mendonça no início da trajetória profissional: “A gente juntava moeda para ‘tomar uma’. Ela me ligou uma vez para ir buscar no salão e eu falei que buscava, mas não sabia se a gasolina iria dar. Ela disse para ‘ir na fé’ e a gente arrumou dinheiro para gasolina. Alguém do escritório dela ligou para ela e falou que tinha caído dinheiro de músicas e a gente bebeu os dois dias seguidos”.