Alunos chegaram reclamar nas redes sociais de uma suposta redução na quantidade de bolsas ofertadas
Após alunos reclamarem nas redes sociais da redução de vagas para bolsas estudantis, a pró-reitoria da Universidade Federal do Acre (Ufac) negou a diminuição e afirmou que, na verdade, fez uma readequação no quantitativo das bolsas e abriu mais três programas de auxílio aos estudantes.
“Alguém explica, por favor, se é sério essa quantidade vergonhosa de bolsas que estão sendo ofertadas? Muita gente vai ser prejudicada, sendo que fizeram uma propaganda enorme de que aumentariam as bolsas e todas elas aumentariam, inclusive o valor”, reclamou um estudante em uma rede social.
Em abril, a reitora Guida Aquino anunciou um reajuste de R$ 200 no valor das bolsas estudantis. Com isso, os estudantes passaram a receber R$ 600 e não mais R$ 400. O aumento foi possível após o Ministério da Educação (MEC) destinar recomposição orçamentária de R$ 9,3 milhões para fortalecer finanças e dar sequência a obras e ações estruturantes na universidade.
As bolsas ofertadas pelo Programa Nacional de assistência estudantil (Pnaes). São 107 bolsas pró-estudo e 75 pró-inclusão.
À Rede Amazônica Acre, o pró-reitor da Ufac, Isaac Silva, explicou que, com o fechamento do Restaurante Universitário (RU) durante a pandemia, os investimentos recebidos para a área foram transferidos para bolsas e auxílios dos alunos.
Com a volta das aulas presenciais e reabertura do RU, em março de 2022, esses valores continuaram a ser utilizados para manter o restaurante funcionando e garantir a alimentação dos estudantes. “Dessa forma, tivemos que fazer de novo a divisão entre bolsas e auxílios e recursos para gêneros, para mão de obra do restaurante de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul e dessa forma, naturalmente, o quantitativo de bolsas teve que ser readequado”, complementou.
Ainda segundo o pró-reitor, foram criados os seguintes auxílios:
- Auxílio para residentes de Cruzeiro do Sul
- Auxílio de Manutenção Acadêmica (AMA), que garante R$ 15 para pagamento de material pedagógico e de apoio
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“Houve toda uma readequação, a reitoria sensivelmente injetou mais recursos no RU, permitindo que a gente pudesse com esses novos quantitativos definidos, aumentar o valor das bolsas sem que houve uma redução ainda mais drástica”, destacou Silva.
O gestor acrescentou que a readequação foi necessária para garantir a assistência estudantil. Ele afirmou que em 2022 foram aplicados R$ 3,3 milhões nas bolsas e agora os gastos já estão em R$ 3,5 milhões.
Segundo Silva, o quantitativo de bolsas pode aumentar e estudantes que ficaram na fila de espera devem se chamados.
“Estamos fazendo um estudo, mas temos previsão de ir aumentando, gradativamente, o número de chamados que ficam na fila de espera, que a gente venha chamar esses alunos a medida que a gente perceber que houve uma possibilidade de poupança no recursos destinados ao RU, então, qualquer dinheiro que a gente perceber que vai ter uma sobra de aplicação no RU, a gente vai abrir uma nova chamada na lista de espera dos programas, principalmente do pró-estudo”, concluiu.