Há uma história engraçada que sempre conto para os meus amigos e rende boas risadas
. Um dia, pouco tempo depois de tirar minha carteira de motorista, estava dirigindo pelas ruas de Rio Branco a caminho de um compromisso quando, distraída, peguei a faixa errada da avenida e em cruzamento com semáforo duplo, precisei trocar de faixa, mas não percebi que o semáforo onde eu estava fechou e ao tentar ir para a outra pista meu carro acabou batendo no veículo da frente.
Como naturalmente acontece com quem estraga o carro alheio (rs), fiquei meio sem reação, mas logo o motorista do carro saiu para avaliar o estrago. Era um conhecido médico da cidade, e logo começamos a conversar. Você pode imaginar que um médico não teria qualquer carro, certo? Pois disse eu em dado momento de nervosismo: - “Nossa, com tantos carros para bater eu fui logo bater em um Corolla!?” Ao que ele respondeu: - “Na verdade é uma Mercedes!”
Bom, você pode imaginar a minha cara nesse momento. Enfim, resolvemos tudo e fizemos o acerto depois. Mas por que estou contando isso? Apenas para exemplificar que precisamos estar preparados para quando as coisas saem do lugar e é certo que em algum momento isso vai acontecer.
Ora, quando dirigimos sabemos que é possível se envolver ou ser envolvido em um acidente de trânsito, então não é exatamente um imprevisto, pois concordo que, de certa forma, todo imprevisto é previsível. E exatamente por isso precisamos estar preparados para o que quer que aconteça. Um filho que adoece, um parente que falece, um temporal que estraga seu telhado, o desemprego que bate a porta (são quase 14 milhões de pessoas sem emprego hoje no Brasil) e tantas outras situações podem acontecer desestabilizando a nossa vida.
Foi a duras penas que entendi o quanto é importante ter uma reserva de emergência (ou reserva de oportunidade, se for o caso), e tenho certeza que você entende o que estou falando pois provavelmente você já passou por alguma situação como essa ou pior.
Muitas pessoas ficam em dúvida sobre quanto seria essa reserva. A verdade é que depende. Especialistas apontam que essa reserva deve ser, em média, seis vezes o seu custo mensal se você é apenas uma pessoa física e de até um ano se for um autônomo, pois se o negócio não for tão bem nesse período, você consegue se pagar enquanto toma fôlego. Dessa forma, você precisa calcular o valor de suas despesas fixas mensais e multiplicar pelo período estipulado como meta.
Uma coisa que aprendi nesse tempo estudando sobre educação financeira é jamais pular etapas. Outro dia uma colega que nunca investiu me pediu algumas dicas e disse que quer entrar no mercado de ações. Você também pensa assim? Avalie bem: até onde você acha que irá chegar no mercado de ações sem estudo? Quanto dinheiro você está disposto a perder nesse percurso?
Warren Buffet já dizia: “Nunca perca dinheiro!” O mercado de ações não é tão complexo quanto parece para quem tem estudo. Mas se você é um amador, precisa ir com cautela. Portanto, é melhor estudar e entrar com segurança do que trilhar seu caminho na tentativa e erro, você não acha?
Ah, se eu invisto em ações? A resposta é: ainda não! Estou investindo primeiro em cursos e treinamentos para entrar com total segurança do que estou fazendo, mas essa é apenas a minha estratégia adequada ao meu perfil. E você, o que acha sobre pular etapas? Me conta lá no Instagram (@agnescavalcante). Vou adorar ler a sua contribuição neste assunto!