Pesquisa PoderData aponta que o índice era de 28% em junho do ano passado
Menos de um quarto (24%) da população brasileira apoia a privatização da Petrobras , segundo pesquisa do instituto PoderData. Esse percentual era de 28% em junho do ano passado, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estava no poder.
Bolsonaro e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, defendiam a venda da estatal sob a prerrogativa de “diminuir o tamanho do Estado”. No final de abril, quando o assunto foi intensificado pela gestão bolsonarista, o apoio à privatização era de 33%, desde então, caiu 9 pontos percentuais.
Entre os que acham que a companhia deve ser mantida sob o guarda-chuva do Estado, eram 55% em junho de 2022; agora, são 59%. Outros 17% não souberam responder.
Entre apoiadores do governo Lula, o índice dos que acham que a empresa deve permanecer estatal é de 73%. Neste grupo, só 11% defendem a privatização da estatal.
Já os opositores da gestão petista se dividem em relação ao tema. Quase metade (46%) defendem a privatização e outros 38% são contra a venda.
A primeira vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro falou em “ter vontade” de vender a estatal foi em outubro de 2021.
“Sabe qual o imposto federal no gás de cozinha? Zero. Eu zerei em março ou abril e mesmo assim aumentou de preço. Essas verdades é que doem para muita gente. É muito fácil (falar): aumentou a gasolina, culpa do Bolsonaro. Eu já tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer”, afirmou Bolsonaro.
Em maio do ano seguinte, o Ministério de Minas e Energia (MME) formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da Petrobras na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Este foi o primeiro passo para a privatização da empresa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, logo no primeiro dia de governo, retirou a estatal do PPI.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 29 a 31 de janeiro de 2023, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 288 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.