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Economia

Presidente do Banco Central quer expandir Pix para América Latina

Presidente do Banco Central quer expandir Pix para América Latina

“Dinheiro para todo mundo, inclusive para instituições financeiras”, afirmou Campos Neto sobre o método de transações financeiras

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (BC), afirmou nesta sexta-feira (30) que pretende levar o Pix para diversos países da América Latina. Tratado como prioridade para o BC, o plano já tem interesse do Peru, Colômbia e Uruguai.

Durante um evento em São Paulo, o presidente do Banco Central afirmou ter feito uma reunião com presidentes dos bancos centrais dos países interessados,na qual todos disseram querer criar um programa semelhante ao brasileiro. “Dinheiro para todo mundo, inclusive para instituições financeiras”, acrescentou.

O baixo custo de investimento e o retorno da proposta foi ressaltado por Campos Neto. Foram R$ 5 milhões iniciais para a iniciativa do programa. Para o economista, foi possível observar o sucesso do novo tipo de transferência quando o Pix ultrapassou métodos tradicionais.

Sobre as fases iniciais do projeto, o economista disse que o debate sobre a retirada de receita dos bancos era um tópico recorrente entre os especialistas. Porém, ele afirmou que o Pix resultou em um cenário positivo para a economia brasileira.

“É um sistema que, de novo, foi construído com todas as mãos que estão aqui, todo o sistema financeiro, os bancos ajudaram muito, botaram propaganda bonita, fizeram um marketing muito bom, acho que é um ganho para a sociedade, eu quero já dizer que não é verdade que os bancos perdem dinheiro com Pix”, ressaltou.

O líder do Banco Central chegou a citar o programa na  quinta-feira (29 ), quando afirmou que o Pix é ‘conquista do BC’, contrariando a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) que o coloca como um dos criadores do projeto.

Ele relembrou que as primeiras reuniões sobre a iniciativa se deram em 2018, antes do presidente assumir, e disse que o Pix é uma vitória dos funcionários do Banco Central, e que não cabe a uma pessoa. Ainda para Campos Neto, o programa está “só no começo” e que “tem muita coisa pela frente”.