Ministro diz que governo segue com expectativa de crescimento de 2,2% para 2024
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (1º) que o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 passa confiança e que o governo segue com expectativa de expansão de 2,2% para 2024. Haddad avaliou que o afrouxamento da política monetária deve contribuir, e que há espaço para mais cortes de juros e para mais crescimento.
“Nós esperávamos um PIB superior a 2% e nós quase chegamos a 3% de crescimento”, defendeu o ministro.
Para Haddad, o avanço está mais atrelado à produção agrícola , ao consumo das famílias, ao consumo do governo e às exportações. Os investimentos, por outro lado, representam a variável que menos acompanhou o ambiente de negócios.
“É esse investimento que realmente melhora as condições econômicas, porque você cresce sem risco inflacionário. Ao mesmo tempo em que você está aumentando a demanda, por um lado, está, logo ali na frente, aumentando a oferta”, finaliza.
PIB
O Brasil fechou 2023 com crescimento acumulado de R$ 10,9 trilhões, ou 2,9%, indicam dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor é três vezes maior que o previsto no início do ano passado. A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando no desempenho.
No começo de janeiro, o Boletim Focus – relatório do Banco Central (BC) que compila projeções de analistas do mercado – indicava um crescimento de apenas 0,78% no ano. O número subiu à medida que dados mais otimistas foram divulgados.
Selic
O BC deu início ao ciclo de aperto monetário em 2021, quando a taxa básica estava em 2% ao ano. A partir desse ponto, os juros aumentaram de forma consecutiva até atingir, em agosto de 2022, o patamar de 13,75% ao ano. A expectativa é de um novo corte de 0,5 ponto porcentual, chegando em para 10,75%.
No Brasil, a Selic desempenha um papel fundamental. O BC utiliza esse sistema para influenciar diretamente o ritmo de crescimento e alcançar metas relacionadas à inflação, sendo a variável central da política monetária. E quando a economia apresenta um desempenho fraco e não há riscos inflacionários, é possível reduzir a taxa de juros, estimulando o consumo e os investimentos da população.
Quais as projeções para 2024?
Ainda nesta semana, economistas consultados pelo BC aumentaram novamente a projeção de crescimento para a economia em 2024. Agora, o mercado espera uma alta de 1,75%, em comparação com os 1,68% apontados na semana anterior.
Esta é a segunda revisão consecutiva para cima da atividade. Quanto a 2025, o documento manteve a estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como estava há um mês.