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Economia

Lula defende ‘jornada diferenciada’ para quem trabalha aos domingos

Lula defende ‘jornada diferenciada’ para quem trabalha aos domingos

Para Lula, “muita gente só pode ir fazer compra no final de semana”, mas não significa que o trabalhador deva trabalhar todos os fins de semana

Nesta segunda-feira (04), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que não é contra o trabalho no domingo, desde que haja uma “jornada diferenciada” para os trabalhadores do comércio. A fala vem após o governo suspender uma portaria que dificulta o trabalho aos feriados no comércio e em outros setores econômicos.

O petista salienta: “Eu não sou contra o trabalhador do comércio trabalhar no domingo, porque muita gente só pode ir fazer compra no final de semana, ou às 19h, 20h da noite. Tem gente que não pode de dia. Mas isso não significa que você tem que obrigar o cara a trabalhar todo sábado e domingo”.

A fala de Lula aconteceu durante a assinatura do projeto de regulamentação do trabalho de motoristas por aplicativo. O presidente defendeu a categoria de trabalhadores do comércio na ocasião: “Assim como nos hospitais existem os plantonistas, você pode criar uma nova categoria para os comerciários. Nós temos que resolver o problema dos comerciários. Os sindicatos não são contra de trabalhar no domingo, eles querem que tenha uma jornada diferenciada para atender o que os trabalhadores precisam e o que os empresários precisam”.

Em setembro de 2023, o Ministério do Trabalho manteve a suspensão por mais 90 dias da portaria que tratava sobre o trabalho no comércio nos feriados. Ela entraria em vigor no dia 1º de março, e dificultaria as atividades nos dias de folga.

Entretanto, a medida causou polêmica em 2023, quando derrubou a regra do governo Jair Bolsonaro que permitia o trabalho nos feriados sem um acordo com as entidades representativas dos trabalhadores. Na portaria da atual gestão, era necessário que fosse feita uma negociação coletiva. Entretanto, com a repercussão negativa, a portaria foi suspensa e o governo começou as negociar as exigências.