O dado é da edição mais recente da pesquisa RADAR Febraban
O preço elevado dos alimentos durante todo o ano de 2022 foi o maior problema para as finanças dos brasileiros. Em todas as regiões do país, os efeitos da guerra e da pandemia de Covid-19 nas prateleiras dos supermercados atrapalharam as compras do dia a dia.
Três em cada quatro moradores da Região Norte afirmam que o maior impacto da inflação brasileira em 2022 se deu sobre o consumo de alimentos e produtos de abastecimento doméstico, índice superior à média nacional. O dado é da edição mais recente da pesquisa RADAR Febraban, divulgada no último dia 15 de dezembro com um balanço que a população brasileira faz do ano de 2022. O levantamento foi feito entre os dias 29 de novembro a 5 de dezembro, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do País.
Quando perguntados sobre a inflação dos produtos no último ano, 79% dos entrevistados percebem aumento nos preços, índice que fica estável entre as regiões do país. Alimentos e produtos de consumo doméstico foram apontados como os itens de consumo mais afetados pela inflação, por 68% dos entrevistados.
O percentual, que no Centro-Oeste é de 62%, chega a 75% na Região Norte. Trata-se do maior índice do país. Os 13 pontos que afastam as duas regiões são um indicativo da insegurança alimentar que acomete grande parte da população dos estados do Norte, dado reforçado por inúmeros estudos.
O segundo impacto mais apontado no Radar Febraban como de responsabilidade da inflação é o preço dos combustíveis, desta vez indicado por 36% dos entrevistados no Centro-Oeste e 28% no Norte. O pagamento de serviços de saúde ou remédios estão na sequência, com 22% das citações em todo o país, seguidos pelos gastos com financiamentos, empréstimos e cartão de crédito, por 11% dos entrevistados.
Na Região Centro-Oeste, 12% dos moradores afirmam terem tido seus planos de compra de veículos ou imóveis afetada pela inflação, enquanto apenas 4% dos entrevistados da região Sul apontaram o mesmo problema. Investimentos em educação e formação, viagens, compras e uso do transporte público também foram indicados, mas em percentual menor.