As contas públicas do governo central - Tesouro Nacional, Previdência
Social e Banco Central - registraram déficit primário, descontado o pagamento de juros da dívida pública, de R$ R$ 14,7 bilhões em maio, informou, hoje (26), o Ministério da Economia. Ao todo, no último mês, a receita líquida do governo central, descontados os repasses a estados e municípios, somou R$ 90,7 bilhões, enquanto as despesas foram de R$ 105,5 bilhões.
É o quarto pior resultado para maio desde 1997, quando começou a série histórica, e só perde para os déficit de maio de 2017, de R$ 31,6 bilhões; de 2016, de R$ 18,9 bilhões, e o de 2014, de R$ 15,1 bilhões. Em relação a maio de 2018, quando o déficit foi de R$ 11 bilhões, houve uma piora de 27,7% no resultado das contas públicas, em termos reais (descontada a inflação).
O resultado veio dentro das expectativas dos analistas de mercado. Na pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todo mês pelo Ministério da Economia, o resultado deficitário, na mediana, foi projetado em R$ 15 bilhões em maio.
Nos cinco primeiros meses do ano, o déficit primário soma R$ 17,5 bilhões. No mesmo período do ano passado, em termos reais, o déficit foi de R$ 15,9 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit é de R$ 125,2 bilhões, equivalente a 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).
Meta fiscal
Para 2019, a meta fiscal do governo é um déficit máximo de até R$ 139 bilhões. Será o quinto ano consecutivo de déficit. No ano passado, o déficit primário do governo central foi de R$ 120,2 bilhões. Para conter as despesas, o governo federal já promoveu, desde o início do ano, um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões, afetando áreas como educação, saúde e segurança pública.
O Ministério da Economia também informou que os investimentos totais somaram R$ 15,7 bilhões de janeiro e maio deste ano, contra R$ 15,6 bilhões no mesmo período do ano passado.