O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), está articulando o desenvolvimento de um programa de residência agrária no Estado.
O assunto foi tratado pelo secretário de Produção e Agronegócio (Sepa), Paulo Wadt, com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), João Luiz Azevedo, em reunião realizada nesta quarta-feira, 18, em Brasília. Um termo de cooperação técnica será assinado com este objetivo.
Projeto de lei de autoria do governo criando esse programa também já está em andamento na Assembleia Legislativa do Acre.
Segundo Paulo Wadt, o Governo do Estado deverá destinar para o programa cerca de R$ 3,5 milhões de recursos de créditos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) referentes ao Programa de Desenvolvimento Socioambiental do Estado. Os recursos serão utilizados no pagamento de bolsas de residência profissional para aqueles que ingressarem no programa, o qual deverá ter duração de um ano e carga horária de 1.900 horas.
A previsão é contratar 80 profissionais das áreas agrárias como veterinários e engenheiros florestais, agrônomos, de produção e de pesca. “Eles irão atuar nos 22 municípios acreanos especialmente em assistência técnica e extensão rural, que inclui desde o auxílio à regularização fundiária e ambiental ao acesso ao crédito, saúde animal até logística”, adiantou Paulo Wadt.
De acordo com o secretário, a expectativa é de que o CNPQ faça a seleção dos participantes e a gestão das bolsas de residência referentes ao programa, que também deverá contar com a participação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Rondônia (Unir). A primeira porque tem regulamentação desse tipo de atividade; e a segunda porque já desenvolve programa semelhante naquele estado e pela proximidade com o Acre.
“Nosso objetivo é aproveitar profissionais da região, que tragam novas ideias e que estejam dispostos a trabalhar pelo desenvolvimento do estado”, disse o secretário. Na reunião com Wadt, o presidente do CNPQ disse que “a parceria é perfeitamente factível e que irá agilizar o processo”.