Aumento vale para as distribuidoras. No Rio, repasse ao consumidor residencial será de cerca de 7%
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (29) que os preços de venda de gás natural para as distribuidoras de todo o país terão aumento médio de 19%. Os novos valores começam a valer a partir de domingo.
O gás natural é o usado nas residências que têm gás encanado e também é o mesmo do GNV, para abastecimento de carros. É ainda um insumo importante para várias indústrias. Este aumento, porém, não tem relação com os preços do gás de botijão.
A alta de 19% chegará para os consumidores finais com variações distintas. No caso do Rio de Janeiro, a Naturgy informou que, no caso do gás residencial, a alta será de cerca de 7%.
Novo preço vale até 31 de julho
Apesar de o preço do gás natural vendido pela Petrobras ser corrigido apenas trimestralmente, os valores do GNV veicular este ano já estavam em forte alta nos postos. Isso porque outros combustíveis, como gasolina e diesel, tiveram grandes reajustes.
Este ano, considerando os preços médios mensais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o custo do GNV nos postos do país subiram 9,74%. A gasolina teve alta de 8,62% e o diesel, de 23,47%.
Já o gás de botijão, que não tem relação com o gás natural mas cujos preços também foram reajustados este ano pela Petrobras, teve alta de 10,94% desde dezembro, segundo a ANP.
Segundo a Petrobras, os valores de reajuste do gás natural às distribuidoras se referem ao reajuste trimestral. E reflete a variação do preço do gás devido às mudanças nas cotações do petróleo e da taxa de câmbio.
Esse novo patamar de preço vai vigorar até 31 de julho, informou a estatal.
A Petrobras esclarece que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo valor de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
Esse reajuste de 19% é em real por metro cúbico. E vale para toda as distribuidoras de gás natural do país.