O assessor técnico do Sistema Fecomércio/AC, Egídio Garó, comentou na manhã desta terça-feira, 12, as mudanças na reforma da Previdência, que passou a valer na data. O objetivo da medida é enxugar a estrutura pública e, para o assessor, este seria um dos órgãos mais deficitários do País.
Com as novas regras, o valor descontado do salário de cada trabalhador para a aposentadoria vai mudar, de modo que quem ganha menos vai contribuir menos para o INSS, e quem ganha mais, vai contribuir mais. Com a reforma promulgada pelo Congresso nesta terça-feira, as novas alíquotas já valerão para os salários de fevereiro do ano que vem, pagos em março.
De acordo com Garó, a questão da reforma precisava ser vista há muito tempo. “Esse ajuste é importante não para aquelas categorias que estão em fase de se aposentar, mas as que estão entrando no mercado de trabalho e as que já estão na chamada fase de transição”, afirmou.
O assessor afirmou acreditar numa amenização a longo prazo. “Não se deve perceber uma mudança substancial nos pagamentos dos abonos e da economia logo de início, mas, sim, com mais tempo”, refletiu.
Garó reiterou algumas regras interessantes. “Entra a possibilidade de o contribuinte, atingindo a idade mínima, se aposentar com 15 anos de contribuição. É obvio que não vai receber o que receberia se tivesse completado todo o período, mas essa questão traz uma melhor perspectiva para a qualidade de vida e gerações futuras.
Reforma da previdência estadual
Egídio comentou ainda sobre a reforma da previdência do estado, proposta pelo governador do Acre, Gladson Cameli. “Há uma manifestação muito grande por parte das instituições que representam os trabalhadores, e isso passa a ser preocupante. Porém, mais preocupante seria se [a reforma] fosse aprovada na calada da noite, sem a participação de todas as pessoas interessadas nisso, inclusive os próprios empresários do comércio. Essas questões acabam atingindo de forma direta ou indireta os empresários do comércio”, finalizou.