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Economia

Dívida da União retorna ao patamar do início da pandemia, diz BC

Dívida da União retorna ao patamar do início da pandemia, diz BC

Apesar de queda para 78,5% do PIB, especialistas alertam que tendência é de alta em 2022

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (16) que a dívida pública retomou o patamar de abril de 2020 e atingiu 78,5% do PIB em março, completando cinco meses em queda.

A relação dívida/PIB vinha em trajetória de queda, com pontuais variações para cima, desde fevereiro do ano passado, quando estava em 89%. Esse patamar, o maior da série histórica, foi atingido por conta dos gastos com o combate aos efeitos da pandemia, que elevaram rapidamente a dívida nos primeiros meses da Covid-19.

Com a diminuição dos gastos e a vacinação, que permitiu o início da retomada da economia, a dívida/PIB começou a cair. Neste mês, os principais fatores para a queda foram o aumento do PIB nominal, a valorização cambial e os resgates da dívida. 

Como o PIB é denominador da relação com a dívida, quando ele aumenta, o resultado é a queda do indicador.

Já a alta nos juros, acompanhando a trajetória de elevação da Selic no último ano, teve um efeito altista para a relação dívida/PIB. 

Apesar da trajetória de queda, a tendência é de alta este ano por conta do crescimento mais fraco e alta nos juros. A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, projeta um ano de alta no indicador, chegando a 84,8% em dezembro.

O indicador é acompanhado de perto pelo mercado porque mede a capacidade do país de pagar suas dívidas. O número engloba o resultado do governo federal, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais.

Superávit nas contas

O setor público consolidado, que reúne as contas de estatais, governos regionais e o governo central, registrou superávit de R$ 4,3 bilhões em março. No acumulado dos últimos 12 meses, o superávit foi de R4 122,8 bilhões.

O resultado positivo para o mês foi fruto de superávit de R$ 11,9 bilhões e R$ 242 milhões nos governos regionais e nas estatais, que compensaram o déficit de R$ 7,8 bilhões no governo central.