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Economia

Diesel ficou mais caro no Brasil que no exterior 2 vezes nesta semana

Diesel ficou mais caro no Brasil que no exterior 2 vezes nesta semana

Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, Petrobras avalia efetuar uma redução nos preços já na próxima semana

Com o alívio no preço do petróleo no mercado internacional ao longo desta última semana,  a defasagem nos preços dos combustíveis no Brasil vendidos pela Petrobras praticamente acabou. Dados da Abicom, a associação que reúne os importadores de combustíveis, mostram que o valor vendido do diesel no Brasil chegou a ser mais caro que no exterior duas vezes nesta última semana.

Segundo cálculos feitos pela Abicom, o diesel vendido no Brasil pela Petrobras foi, em média, R$ 0,27 (6%) por litro mais caro que no exterior na quarta-feira (16) e R$ 0,08 (2%) mais elevado na quinta-feira (17). Hoje, com o avanço do barril no exterior, o diesel vendido no Brasil está 8% (R$ 0,40 por litro) mais barato.

Nos outros dias da semana, a defasagem do diesel oscilou entre 2% e 8% mais barato no Brasil em relação aos preços internacionais. É um patamar bem diferente do início deste mês, quando as diferenças chegaram a R$ 2,54 por litro (40%).

A diferença no preço da gasolina também teve forte redução na última semana, chegando a 1% mais barato (de R$ 0,05 centavos por litro) no país em relação ao exterior. Nos outros dias, o preço menor aqui oscilou entre 3% e 10%, em patamar bem menor em relação aos 30% do início do mês.

De olho nesse movimento, fontes internas na Petrobras já avaliam que a estatal pode efetuar uma redução nos preços já na próxima semana, se o movimento de establização do preço de petróleo continuar na faixa atual (em torno dos US$ 100). Há duas semanas, com a guerra na Ucrânia, o valor do barril chegou perto de US$ 140.

Nesta última semana, o presidente Jair Bolsonaro cobrou algumas vezes que a Petrobras  acompanhe a queda no preço do petróleo no mercado internacional e diminua o preço dos combustíveis no Brasil. 

Segundo fontes, como o preço do petróleo vem oscilando diariamente, a estatal tenta evitar o repasse dessa volatilidade aos preços finais. Para a Abicom, os preços nesta sexta-feira(18) voltaram a ampliar um pouco a defasagem, o que inviabiliza as operações de importação.