Número de trabalhadores por conta própria alcança 98 mil pessoas no estado. Dados são foram divulgados pelo IBGE na quinta-feira (24)
A taxa de desemprego no Acre recuou para 13,2% no trimestre encerrado em dezembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 51 mil acreanos. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada na última quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do menor índice desde o 3º trimestre 2019, quando também ficou em 13,2%. O resultado representa uma alta mil pessoas na fila por uma vaga de trabalho no estado.
Ocupação cresce, mas renda encolhe
A população ocupada cresceu 1,6% frente aos três meses anteriores, para 331 mil de pessoas. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a alta foi de 10% (30 mil a mais de pessoas).
Com o crescimento no número de ocupados, o nível da ocupação, percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão no mercado de trabalho, chegou a 49,1%. No trimestre anterior, esse percentual foi de 48,5%.
O aumento na ocupação também está relacionado principalmente às atividades agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (19,1%), com 6 mil trabalhadores a mais; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, junto com serviços domésticos (5,1%), com 2 mil pessoas a mais; alojamento e alimentação (5,3%); e indústria geral, com adição de mil pessoas).
Apesar da queda do desemprego, o rendimento real habitual caiu 4,7% frente ao trimestre anterior e 2,1% em relação a igual trimestre de 2020, e ficou em R$ 2.152.
Ou seja, há mais pessoas trabalhando no estado, mas com rendimentos menores.
A taxa de informalidade responde por 47,4% da população ocupada no Acre. Segundo os dados, são 157 mil de trabalhadores nessa situação. Entre as categorias de emprego que mais cresceram frente ao trimestre anterior estão os empregados do setor privado sem carteira assinada (15%), que somaram 38 mil pessoas.
No mesmo período, o número de trabalhadores domésticos chegou a 21 mil, aumento de 5%. Se considerados apenas os trabalhadores sem carteira, houve aumento de 10,6%, o que representa 2 mil pessoas a mais.
Trabalho por conta própria
A pesquisa mostra ainda uma redução de 4% no contingente de trabalhadores por conta própria no Acre. São 98 mil pessoas nessa categoria. Esse contingente inclui os trabalhadores que não têm CNPJ, que houve uma redução 3% frente ao último trimestre.
A população ocupada no Acre é composta de 63,7% de empregados, 3,3% de empregadores, 3,3% de trabalhadores familiares auxiliares e 29,6% de pessoas que trabalhavam por conta própria. Esse último percentual foi maior no Norte (34%) e no Nordeste (30,4%).
No 4º trimestre de 2021 no Acre, 66,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada.