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Economia

Comitê da Petrobras aprova nome de Andrade para comandar estatal

Comitê da Petrobras aprova nome de Andrade para comandar estatal

Conselho de Administração da estatal vai se reunir na próxima segunda-feira

O Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras aprovou, por maioria, o nome de Caio Paes de Andrade para comandar a companhia, após uma reunião que ocorreu durante toda a tarde. Segundo fontes, o placar teria sido três a favor e um contra.

Conforme antecipado pelo GLOBO, o nome de Caio teve “conformidade” positiva. O Celeg é parte do Comitê de Pessoas (Cope) da Petrobras, responsável por analisar informações e requisitos dos indicados pelo governo para exercer cargos na estatal.

Segundo documento enviado à CVM, foi reconhecido por maioria o preenchimento dos requisitos previstos na Lei 13.303, a Lei das Estatais, e no Decreto 8945, que trata das empresas públicas. Não houve vedações, disse a comunicado.

O Comitê disse ainda que Andrade preencheu os critérios estabelecidos pela “Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras, bem como a não existência de vedações”. Com isso, Andrade está apto para os cargos de Conselheiro de Administração e presidente da companhia.

A decisão do Comitê foi enviada ao Conselho de Administração, que vai se reunir de forma extraordinária na próxima segunda-feira, segundo informou o presidente do colegiado Marcio Weber.

A ideia inicial era que a reunião do conselho fosse realizada hoje, mas mudou por conta da previsão de encerramento da reunião da Celeg na sexta-feira, já no período da noite.

Agora, Andrade poderá ser o quinto presidente da empresa em menos de dois anos, caso o conselho aprove seu nome, como é esperado, diz uma fonte.

FUP e Anapetro pretendem questionar nomeação

Após a decisão, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Anapetro informaram que vão tomar medidas judiciais cabíveis para vetar a nomeação “de alguém que não cumpre requisitos técnicos básicos para o cargo”.

Segundo a FUP, caso o nome de Andrade seja aprovado no Conselho de Administração da companhia, a FUP e sindicatos filiados entrarão com ação popular na Justiça Federal por ato lesivo à administração pública pela indicação de pessoa sem experiência para o cargo.

Em outra frente, a Anapetro, que representa os petroleiros acionistas minoritários da Petrobrás, entrará com processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “uma vez que a nomeação de alguém sem as credenciais necessárias para gerir a empresa será foco de maior instabilidade na companhia”.