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Economia

Combustíveis: Petrobras nega ideia de congelar preços por 45 dias

Combustíveis: Petrobras nega ideia de congelar preços por 45 dias

Empresa diz que medida foi pensada por conselheiro, mas não foi debatida internamente

A Petrobras disse nesta segunda-feira (20) que a proposta do conselheiro Francisco Petros, de congelar os preços durante 45 dias , foi iniciativa própria e sequer foi debatida internamente. 

Petros enviou carta para Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, Ciro Nogueira, ministro de Estado Chefe da Casa Civil, além de José Mauro Ferreira Coelho, presidente da Petrobras, e o governo Federal, para que seja formado um grupo de trabalho “com TODOS os agentes do mercado de combustíveis e membros do governo para estudar fórmulas que permitam o funcionamento do mercado em bases sustentáveis para o país e as empresas”. Esse “grupo DEVERÁ apresentar resultados no prazo de 45 dias”.

O documento, datado de quinta-feira (16), diz ainda que “durante o transcurso deste prazo a Petrobras se comprometeria a não reajustar os preços dos combustíveis na expectativa concreta de que sejam adotadas medidas razoáveis propostas pelo grupo de trabalho mencionado”.

No texto, Francisco Petros diz ainda que “esta concreta expectativa, uma vez existente, estaria plenamente coadunada com os deveres dos administradores em perseguir os melhores interesses para a Petrobras. Para o governo, seria uma oportunidade concreta em buscar soluções de interesse público”.

Petros é conselheiro independente da estatal e foi eleito esse ano após ser indicado pelos acionistas minoritários donos de ações ordinárias (ON, com direito a voto). O posicionamento do conselheiro ocorre no dia em que a Petrobras elevou os preços da gasolina e do diesel.

Crise dos combustíveis

O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, avisou a membros da empresa e integrantes do governo que renunciará nesta segunda-feira ao cargo. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro conseguirá trocar efetivamente o comando da empresa.

Ele vem sofrendo pressões para reduzir os preços desde que assumiu, mas o governo exigiu a renúncia após o último reajuste, na sexta-feira (17), de 5,18% no litro da gasolina e de 14,26% no do diesel aplicado nas refinarias da Petrobras

O presidente da Câmara, Arthur Lira, recebe, no início da tarde desta segunda, líderes dos partidos na Câmara para definir quais projetos para solucionar o impasse serão colocados em votação.