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Economia

Brasil retoma liderança de ranking de juros reais após alta da Selic

Brasil retoma liderança de ranking de juros reais após alta da Selic

Taxa chega a 6,69%, à frente de Colômbia, México, Indonésia e Chile

O Brasil voltou a ocupar uma incômoda posição no ranking juros reais: o país tem a maior taxa, descontada a projeção de inflação para os próximos 12 meses. Os juros reais no Brasil, já considerando a alta de 1 ponto percentual da Selic, anunciada nesta quarta pelo Banco Central, são de 6,69%, segundo o ranking mundial de juros reais elaborado pelo portal pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management.

Até fevereiro passado, o Brasil aparecia no topo do ranking. Mas acabou sendo ultrapassado pela Rússia, em março, quando o país fez uma forte elevação dos juros para conter os danos financeiros causados pelas sanções ocidentais impostas ao país com o início da guerra na Ucrânia.

“Mas a Rússia cortou cortou a taxa de juros de 20% para 14% ao ano, muito próximo da inflação do país, o que deixa a taxa de juros real dos russos muito baixa. Com isso,o Brasil voltou ao topo da lista. Tivemos uma das maiores elevações de juros no mundo e em alta velocidade”, explica o economista Jason Vieira, da Infinity Asset Management, lembrando que a taxa de juros reais na Rússia está em 1,36% atualmente.

Com a alta da inflação global, mesmo com algumas elevações de juros, a maioria dos países passou a apresentar taxa real de juros negativas. No ranking de 40 países, 55% mantiveram, 40% elevaram as taxas e 5% cortaram.

Para chegar ao valor dos juros reais, o ranking considera a taxa de juros do depósito interbancário (DI) de um ano, com vencimento em maio de 2023, e desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses, de 5,91%, na pesquisa Focus do Banco Central, no caso brasileiro.

O Brasil está à frente de países como Colômbia (segunda colocada com taxa de juros reais de 3,86%), México (terceiro colocado e taxa de 3,59%), Indonésia (quarta colocada e juros reais de 2,39%) e Chile (quinto colocado com juros de 1,84%), mostra o levantamento. A Rússia aparece em sexto lugar.

Em termos nominais (ou seja, sem descontar a inflação), o Brasil está na quarta colocação, atrás da Argentina (taxa de juros nominais de 47% ao ano), Rússia (14% ao ano) e Turquia (14% ao ano). 

Ranking dos juros reais

  • 1) BRASIL - 6,69%
  • 2) Colômbia - 3,86%
  • 3) México - 3,59%
  • 4) Indonésia - 2,39%
  • 5) Chile - 1,84%
  • 6) Rússia - 1,36%
  • 7) Filipinas - 1,18%
  • 8) África do Sul - 0,58%
  • 9) Índia - 0,47%
  • 10) Hungria - 0,37%