Procon-SP recebe mais de 1.500 reclamações e notifica as empresas que mais tiveram queixas em todo o período
O Procon-SP notificou nesta segunda-feira (27) as duas empresas que tiveram mais reclamações registradas por consumidores durante as compras da Black Friday, promoção feita pelo comércio online e presencial que acontece desde o início deste mês.
O Grupo Mercado Livre e o Grupo Magazine Luiza deverão prestar esclarecimentos sobre como se deu a oferta de uso de cupons de descontos durante a promoção – a aplicação, quantidade, valores e forma de uso desses cupons, que segundo os consumidores, apresentaram muitos problemas.
Também foram questionadas sobre os canais de atendimento disponibilizados para atendimento; sobre o uso de inteligência artificial; e sobre como serão solucionados problemas como aplicativos fora do ar e a não aplicação do desconto oferecido, entre outros.
Balanço de reclamações
O Procon-SP recebeu até o final da tarde de ontem, no geral, mais de 1.500 reclamações de consumidores que tiveram problemas em função de promoções relacionadas à Black Friday. A maior parte dos relatos refere-se à não entrega ou demora na entrega dos produtos, um total de 476 (30%).
Outros dos principais problemas relatados foram:
- mudança de preço ao finalizar a compra (221);
- pedido cancelado após finalização da compra (201);
- maquiagem de desconto (193);
- produto e/ou serviço entregue diferente do pedido, incompleto e/ou danificado (135).
- As redes sociais do Procon-SP totalizam 566 consultas sobre o tema. Veja aqui
Fiscalização do comércio de rua
Além do atendimento para mediar uma solução para esses consumidores, equipes de fiscalização estiveram em lojas do comércio de rua que estavam promovendo ofertas da promoção Black Friday. Foram visitados 331 locais – 98 na Capital e 233 no interior e litoral.
Em 163 locais, dos quais 27 na cidade de São Paulo, foram constatadas práticas em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). As principais referiam-se a problemas na informação dos preços dos produtos, como ausência do preço à vista ou informação do preço sem clareza e sem precisão; somente do valor das parcelas, sem informar o preço total nem a taxa de juros etc., entre outras irregularidades.
A operação de fiscalização aconteceu entre os dias 21 e 24 de novembro e foi realizada pela diretoria de fiscalização do Procon-SP na Capital e pelos núcleos regionais de Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba.