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Economia

Auxílio emergencial deve impactar oito vezes menos o comércio 

Acre segue tendência do País 

O auxílio emergencial, em 2021, deve impactar o setor econômico do comércio oito vezes menos. O cálculo, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, foi divulgado no último dia 7 de abril e tem como base a redução do montante de recursos disponibilizados,  além do comprometimento da renda familiar. 

De acordo com o consultor da presidência do Sistema Fecomércio/AC, Egídio Garó, a mesma quantidade de recursos transferidos do Governo Federal para o Acre, quando refere-se ao pagamento do auxilio emergencial entre janeiro e fevereiro deste ano, são os mesmos valores transferidos nos dois primeiros meses do ano passado.

“A partir da transferência dos próximos recursos, possivelmente teremos uma visão mais detalhada. Estima-se que haverá redução no comercio local por conta, também, da redução do valor do auxilio emergencial, associada a uma não adesão da mesma quantidade de solicitantes ocorrida no ano passado por conta da obrigatoriedade de declaração do IR [Imposto de Renda] e seu possível ressarcimento ao erário público”, refletiu Garó. 

Na nova rodada do auxílio emergencial, R$ 12,75 bilhões devem ser injetados nos caixas do comércio varejista, o equivalente a 31,2% do que for sacado pela população. Em 2020, o valor destinado ao consumo no varejo foi de R$ 103,8 bilhões, 35,4% dos recursos do benefício.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforçou que, apesar de a redução do benefício impactar o setor, o pagamento do auxílio é sempre uma medida positiva para estímulo da economia e dá garantias à população. Ele acrescenta ainda que outros fatores corroboram a oscilação do poder econômico durante o período de crise.

“É preciso observar que a partir de setembro, quando o auxílio foi reduzido à metade, o varejo conseguiu manter as vendas aquecidas. Isso porque há fatores que também impactam a capacidade de consumo da população, como o nível de isolamento social, as condições de crédito e a inflação”, explicou Tadros, lembrando que os períodos mais dramáticos para o comércio são os de determinação de lockdown.