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Economia

Auxílio Brasil: 69% reprovam valor e dizem que parcela não obriga voto

Auxílio Brasil: 69% reprovam valor e dizem que parcela não obriga voto

Governo pretendia alavancar popularidade de Bolsonaro com reajuste no benefício, mas pesquisa do Datafolha mostra que tentativa foi frustrada

Beneficiários do Auxílio Brasil estão insatisfeitos com o valor de R$ 400 pagos no programa social e afirmam que a mudança no programa social não influenciará no voto para as eleições deste ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Datafolha.

Segundo a pesquisa, 69% dos entrevistados disseram ser insuficiente o valor proposto pelo governo federal. Outros 29% julgam que as parcelas são suficientes e outros 2% consideram o benefício mais que suficiente.

O Auxílio Brasil foi criado em novembro do ano passado pelo governo federal para alavancar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) às vésperas das eleições deste ano. Na época, a aposta do Planalto era estipular a parcela mínima de R$ 400, quase R$ 200 a mais que o pago pelo Bolsa Família, programa criado pelo seu principal concorrente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entretanto, até os beneficiários que apoiam Bolsonaro reprovam a parcela. De acordo com o Datafolha, entre os que consideram o governo como ótimo ou bom, 56% acreditam que o valor está abaixo do que deveria. Outros 39% veem o benefício como suficiente.

Entre os que reprovam o governo o índice de insatisfação com o programa é maior. Cerca de 78% dos beneficiários criticaram os R$ 400 pagos pelo Auxílio Brasil, enquanto 29% afirmam ser suficiente.

Os eleitores também foram questionados sobre a influência que o benefício tem durante a disputado eleitoral. Entre os lulistas e bolsonaristas fiéis, 67% afirmam que o programa não irá mudar seus votos para o pleito deste ano.

Aqueles que acreditam que o Auxílio Brasil terá um pouco de influência seu voto representa 16% entre eleitores de Lula e 20% para os apoiadores de Bolsonaro. Já 15% dos lulistas e 11% dos bolsonaristas colocam o programa social como um dos principais motivos para o voto.

O Datafolha ouviu 2.556 eleitores em 181 cidades do país entre a última quarta-feira (25) e quinta-feira (26).