Ações da operação iniciaram no dia 1º de julho deste ano e os dados parciais mostram resultados dos primeiros 15 dias
Em um balanço parcial, divulgado pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Acre, em duas semanas da Operação Guardiões do Bioma, cinco pessoas já foram presas por desmatamento ilegal no estado e mais de 254 hectares já foram fiscalizadas nesse período.
Além disso, 28 polígonos foram fiscalizados, cinco motosserras e um trator apreendidos e mais um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) registrado.
A operação de combate a incêndios e queimadas florestais é do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e coordenada no Acre pela PM no Acre, começou no dia 1º de julho.
Esta é segunda edição da Operação Guardiões do Bioma e tem como objetivo a atuação nas regiões da Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e da Caatinga. O balanço parcial é referente aos primeiros 15 dias de ações, segundo informou o coordenador das ações no estado, coronel Atahualpa Ribera.
“O principal objetivo é de evitar o desmatamento. Então, a fiscalização é para que não aconteça e aqueles que já aconteceram a gente possa tentar responsabilizar, levar estas pessoas até o poder judiciário. A operação iniciou dia 1º de julho e a primeira parcial é dos primeiros 15 dias e já tivemos bastante sucesso na identificação de alguns pontos de desmatamento e a PM segue”, disse.
A força-tarefa está dividida em todo estado, então todos os batalhões como o de Feijó, Xapuri, Brasileia, em Rio Branco, por exemplo, há fiscalização e não tem data definida para a conclusão.
“Não tem uma data para terminar essa operação e contamos sempre com a colaboração das pessoas, proprietários das terras porque percebemos que algumas pessoas de outros estados estão praticando crimes ambientais aqui dentro, eles vêm aqui extrair madeira de forma ilegal. Então, essa é uma grande preocupação”, disse.
Queimadas e desmatamento no Acre
O desmatamento no Acre aumentou 13% em 2021, segundo o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas. Dados do levantamento apontam que o estado perdeu 64.147 hectares da cobertura de vegetação nativa no período.
Em 2020, o estado tinha registrado uma perda de mata nativa de 56.577 hectares e ocupava o oitavo lugar no ranking nacional. Com o aumento registrado no último ano, caiu para a 9ª posição entre os 26 estados e o Distrito Federal.
O desmatamento acaba tendo como resultado as queimadas, com isso, dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que de janeiro até o dia 19 de julho deste ano já foram identificados no estado, 271 focos de queimadas.
Esse dado representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior quando foram registrados 232 focos.