Valores foram aplicados a quatro pessoas diferentes dentro do assentamento. Nas localidades foram encontrados um total de mais de 42 hectares de derrubadas
Como resultado das ações desencadeadas com a Operação Guardiões do Bioma - Desmatamento no Acre, foram aplicados mais de R$ 210,3 mil em multas dentro do Projeto de Assentamento Extrativista Antimary, no interior do estado.
A operação teve início em julho deste ano, desencadeada pelo governo federal, mas coordenada pelos estados. Estes valores foram aplicados a quatro pessoas diferentes dentro do assentamento. Nas localidades foram encontrados um total de mais de 42 hectares de derrubadas.
No caso do Acre, a coordenação é da Secretaria de Planejamento (Seplag), e envolve os órgãos de comando e controle estaduais e federais, como a Polícia Militar (PM-AC) por meio do Batalhão Ambiental (BPA), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) – que foi o responsável pelas multas -, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), além do Ibama, ICMBio, e Funai.
“Todos estes órgãos estão com ações voltadas ao combate ao desmatamento, invasões nas áreas públicas e privadas. E essa operação no Antimary é em conjunto do BPA com o Imac, com apoio da Semapi. As multas foram aplicadas pelo IMAC, e no caso do BPA não foi feito flagrante, mas tudo que foi encontrado vai ser documentado e feito BO e entregue na delegacia de Sena Madureira”, explicou o comandante do BPA, major Kleison Albuquerque.
Além da ação no assentamento, as equipes também estão no eixo entre Manoel Urbano e Feijó por ser uma área com registro grande de desmatamento, e na região de Acrelândia, onde há furtos de madeiras.
“Nosso objetivo lá é combater invasões de terra, desmatamento ilegal e prevenir o fogo porque o pessoal que desmata, ele está se preparando para queimar. Então, o objetivo é combater antes que aconteça esses incêndios florestais”, disse.
Mesmo que em ações diferentes, a atuação da polícia mostra como a região tem sido alvo de várias ações criminosas. Nessa terça-feira (23), um homem foi preso na Polícia Federal, durante mais uma fase da operação Mundo Novo, que é uma continuação do trabalho feito em outubro de 2021, que identificou e desmantelou organização criminosa responsável por grandes desmatamentos e queimadas no local.