A Reforma da Previdência e a integração da Amazônia num projeto que reduza as diferenças econômicas e socais com as demais regiões do país foram dois dos temas abordados pelo governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, na reunião de número 287 do Conselho Administrativo da Superintendência (CAS) da Zona Franca de Manaus (Suframa), na manhã desta quinta-feira, 25, na capital amazonense.
Por ser presidente do CAS, Gladson Cameli ocupa posição estratégica no órgão e por isso abriu a reunião – que acontece no auditório Floriano Pacheco, sede da Suframa em Manaus – afirmando que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, devem “entender nossa região amazônica como inserida num projeto de país”.
“E um país só se solidifica quando diminui suas diferenças e propõe que o desenvolvimento seja partilhado por todos. Sei e confio que o pensamento do senhor presidente nos conduz nesse sentido”, disse o presidente do CAS, para uma plateia de autoridades do Poder Executivo do Amazonas e de outros estados amazônicos, industriais da Zona Franca de Manaus e autoridades do governo federal. O presidente Bolsonaro e Guedes participam do encontro.
Gladson Cameli ressaltou que “queremos fazer parte do Brasil de fato e direito. Falo pelo meu estado, o Acre que somente agora, mais de 500 anos após o descobrimento da nossa terra, terá uma ligação terrestre com o restante do país. Precisaremos recuperar todo esse tempo”.
Conforme o presidente do CAS, o isolamento não é uma exclusividade do seu estado e se estende a outras áreas. “Para nós, brasileiros da região Norte, o isolamento não é apenas geográfico. É muitas vezes social, tecnológico e político”, destacou Cameli.
A reunião ordinária da Suframa serve como uma espécie de prestação de contas do que se tem feito para impulsionar as atividades da Zona Franca de Manaus, ajustando o seu funcionamento em benefício dos estados que a compõem a própria Região Amazônica.
Dignidade para o povo da Amazônia
Num discurso objetivo, o presidente do CAS afirmou que o modelo atual de preservação ambiental e de desenvolvimento econômico da Amazônia precisa ser aperfeiçoado.
“Concordamos todos que é fundamental manter a floresta em pé, mas é ainda mais urgente colocar o brasileiro em condições de dignidade e cidadania”, disse Gladson Cameli, pontuando que os governos amazônicos não estão “para pedir benefícios ou privilégios”.
“Pelo contrário, estamos habituados aos sacrifícios: muitas vezes para satisfazer discursos vazios criados em gabinetes confortáveis ao redor do mundo, quando abrimos mão de utilizar nossos recursos naturais que poderiam minimizar o sofrimento de uma população que ainda carece dos cuidados básicos. Concordamos todos que é fundamental manter a floresta em pé, mas é ainda mais urgente colocar o brasileiro em condições de dignidade e cidadania”, ponderou Cameli.
“E para isso, senhores, o Ministério da Ciência e Tecnologia, assim como o Ministério da Economia deve entender nossa região inserida num projeto de país. E um país só se solidifica quando diminui suas diferenças e propõe que o desenvolvimento seja partilhado por todos. Sei e confio que o pensamento do senhor presidente nos conduz nesse sentido”, completou.
“A Reforma não é luxo ou capricho”
Gladson Cameli afirmou que o Governo do Acre está em sintonia com a Reforma da Previdência, assim como os chefes dos executivos dos demais estados. “Nós, governadores, estamos fazendo a nossa parte ao orientarmos toda a bancada da região Norte a votar a favor da Reforma da Previdência, tão necessária, não apenas para esse governo, mas o país e as para as próximas gerações”.
“Queremos que os efeitos dessa reforma se estendam para estados e municípios, criando condições para melhorar a gestão pública e entregar a população o resultado que ela espera e precisa de seus representantes. Aos deputados federais e senadores aqui presentes – duas casas onde me foi concedida a honra de atuar –, a mensagem é forte e clara: incluir os estados e municípios na Reforma da Previdência não é luxo ou capricho. É necessidade urgente e responsabilidade dos senhores com o povo que lhes elegeu”.