Meses depois de o presidente Jair Bolsonaro declarar que países estrangeiros queriam comprar a Amazônia e de recusar ajuda financeira para a floresta, o governo brasileiro vai aproveitar a conferência da ONU sobre sobre mudanças climáticas, a COP-25, para pedir doações a nações desenvolvidas
destinadas a um novo fundo de preservação do bioma.
Um mecanismo que já existia com objetivo semelhante, o Fundo Amazônia, foi paralisado após a extinção, por Bolsonaro, dos conselhos que o geriam. O ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) também tentou mudar regras de gestão do Fundo Amazônia e apontou indícios de irregularidades em projetos apoiados pelo mecanismo, em outras ações que contribuíram para a suspensão de repasses por seus principais doadores.
Em dez anos, cerca de US$ 1,3 bilhão foi doado ao Fundo Amazônia, principalmente pela Noruega e pela Alemanha.