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Amazônia

AC ocupa 3º lugar entre os estados que mais desmataram a Amazônia em agosto, aponta Imazon

AC ocupa 3º lugar entre os estados que mais desmataram a Amazônia em agosto, aponta Imazon

Estado desmatou 173 quilômetros quadrados de floresta no mês passado. Apesar de alto, se comparado com agosto de 2021, houve uma redução de 27% no desmatamento

O Acre ocupou pelo segundo mês consecutivo o terceiro lugar no ranking dos estados que mais desmataram a Amazônia Legal em agosto.

Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) obtidos via Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) mostram que no mês passado o estado desmatou uma área de 173 quilômetros quadrados. No mesmo mês no ano passado, essa área era de 236 km², o que representa uma redução de 27%.

O sistema do Imazon detecta áreas desmatadas em imagens de satélites de toda a Amazônia Legal (região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 estados - Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão) e leva em conta degradações florestais ou desmatamentos que ocorreram em áreas a partir de 1 hectare, o que equivale a aproximadamente 1 campo de futebol.

Em comparação com julho, também houve uma redução 35,4% no desmatamento no estado. Naquele mês, o Acre desmatou 268 km².

A Amazônia Legal teve 1.415 quilômetros quadrados de seu território desmatado em agosto, o que também representa uma queda de 12% em relação ao mesmo período no ano passado, quando o desmatamento somou 1.606 km².

O desmatamento no estado acreano representou 12% do total na Amazônia. No ranking dos estados com a maior área desmatada, o Pará lidera a lista com a maior parte do percentual (46%), seguido pelo Amazonas (20%).

“Nesses três estados, assim como nos outros que compõem a região, estamos identificando o avanço do desmatamento nas florestas públicas não destinadas. São áreas pertencentes aos governos dos estados ou federal que ainda não tiveram um uso definido, cuja prioridade estabelecida em lei é para a criação de novas áreas protegidas, como terras indígenas ou quilombolas e unidades de conservação. Porém, por essa falta de destinação, essas terras acabam sendo as preferidas dos grileiros, que as invadem com a expectativa de obter a posse”, afirmou a pesquisadora Bianca Santos, do Imazon.

Quanto às áreas degradadas da região, o estado que teve a maior área de floresta perdida em agosto foi Mato Grosso (657 km²), com 67% do total registrado em toda a Amazônia. Pará (240 km²) e Acre (28 km²) ocuparam a segunda e terceira posições, com respectivamente 25% e 3% de áreas degradadas.