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Jamaxi

Xadrez  

O PSB e o PT deverão estar juntos na eleição presidencial de 2022. Mas, para se aliar aos petistas, o partido liderado pelo pernambucano Carlos Siqueira deseja algumas contrapartidas, incluindo-se, aí, o Acre. 

Composição

Na mesa da composição nacional, estão o apoio ao PSB em seis estados e a posição de vice na chapa que será encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O que eu disse para o PT? O PT tem que escolher o que ele quer. A Presidência da República? Ótimo, e nós podemos até apoiar, não há problema. Agora, nós precisamos ter, conquistar nossos espaços de poder, espaços significativos”, disse o presidente do PSB. 

Prioridades 

Siqueira citou que colocou aos petistas “as questões dos nossos pré-candidatos a governador e estabelecemos, inclusive, as prioridades”. Elas seriam as campanhas estaduais em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Acre e Rio de Janeiro. “São estados fundamentais, importantíssimos.”

Prudência 

Pré-candidato ao governo do Acre pelo PSB, o deputado estadual Janilson Leite não quer que uma aliança com o PT seja forçada. “Se houver o acerto nacional, queremos que a unidade estadual seja natural. Se não houver, a gente não deixar de seguir conversando”, disse. “Quando alianças são feitas a partir de imposição, elas podem não der certo.” Ainda não há definição do caminho do PT no Acre. 


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Problemas a vista 

A recente pesquisa Genial/Quaest mostra as principais dificuldades da candidatura de Sérgio Moro na largada. Para vencer, o ex-juiz terá de tocar os corações dos mais pobres, especialmente no Nordeste. A rejeição a Moro entre quem ganha até dois salários mínimos por mês está em 74%, praticamente a mesma de Jair Bolsonaro nessa faixa, 73%. 

Cenário 

Há, porém, um complicador para o presidente: seu ex-ministro da Justiça vai um pouco melhor entre quem recebe de dois até cinco salários: 49% rejeitam Moro; 65%, Bolsonaro, no segmento. Os dados escancaram os limites do discurso anticorrupção do homem da Lava Jato e da guerra cultural do “Mito”.

Dados

Em termos regionais, o ex-ministro da Justiça e o ex-presidente enfrentam sérias dificuldades no Nordeste, onde 68% dizem que não votariam em Moro e 74% em Bolsonaro. Porém, Moro é menos rejeitado no Sul, 48%, e no Sudeste, 60%, contra 69% e 63% de Bolsonaro, respectivamente. 

Quadro

A média geral da rejeição aos testados: Bolsonaro, 67%; Moro, 61%; João Doria, 58%; Ciro Gomes, 53%; Lula, 39%; Rodrigo Pacheco, 36%; Eduardo Leite, 29%; e Felipe d’Avila, 20%. Ou seja, a tarefa do presidente, do ex-juiz e do governador de São Paulo é diminuir os índices desfavoráveis.

Soltinho da Silva

Outro dado importante do levantamento: Lula tem aproveitado bem o fato de jogar sem marcação para falar de flores e estrelas e ir abaixando sua rejeição.

Pugilato

Moro, na primeira semana de pré-campanha, desferiu jabs na esquerda lulista e na direita bolsonarista, mas teve de se defender de cruzados vindos dos dois lados.

Meio

Nas redes sociais, ao menos, o ex-juiz encontra respaldo na opinião pública sem militância, de acordo com a.MAP, agência de análise de dados e mídias: ele teve 50% de aprovação nesse segmento nos dez primeiros dias deste mês.

Sem… 

Apesar do discurso pelas reformas, já tem candidato da terceira via rezando para o Congresso, especialmente a Câmara, não mexer com isso.

…moral

Há medo, por exemplo, de uma reforma administrativa piorar o que já existe de ruim na administração pública. É o descrédito de Arthur Lira (Progressistas-AL), que se estende também para o mercado.

Reação

O movimento liberal Livres defenderá a rejeição no Congresso da MP que cria o Auxílio Brasil e recomendará a manutenção do Bolsa Família com ampliação do número de beneficiados do programa.

Reação 2

Em nota técnica que será entregue a parlamentares, Deborah Bizarria e Mano Ferreira dizem que a proposta do governo é uma política social improvisada e que traz efeito perverso na economia e na vida de pessoas em vulnerabilidade social.

Pontos

O documento reúne análises do economista Ricardo Paes de Barros, para quem o Auxílio Brasil, entre outros pontos, não melhora o funcionamento das filas para acesso ao programa e pune sem embasamento famílias mais pobres ao diminuir o limite de filhos beneficiados. 


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Modulação 

Com o aumento nos números de inquéritos na Polícia Federal por apologia ao nazismo, o deputado Leo de Brito (PT-AC) protocolou nesta semana um projeto de lei na Câmara para aumentar a pena por este tipo de crime.

Crime e castigo 

O petista quer que o tempo de reclusão para quem for condenado por apologia ao nazismo passe a ser de quatro a seis anos, além do pagamento de multa. Atualmente, a pena é de reclusão de dois a cinco anos e multa.

Nova realidade 

O aumento tem por objetivo levar os condenados a cumprirem a pena em regime semiaberto. Isso porque, pelo Código Penal, penas inferiores a quatro anos permitem que o réu cumpra detenção em regime aberto.

Lógica

“Até pouco tempo atrás, eram poucos os inquéritos, entre 4 e 20 a cada ano. A virada se deu em 2019, quando foram abertas 69 investigações de apologia do nazismo. A situação piorou em 2020, quando os policiais federais investigaram 110 casos — um novo inquérito a cada três dias, em média”, justifica Brito no projeto.

Conteúdo 

A lei atual diz que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.