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Jamaxi

Viva voz

Viva voz

No sábado, 11, o governador Gladson Cameli (PP) lançou em suas redes sociais vídeo externando posicionamento sobre a terceira fase da Operação Ptolomeu, que por despacho da ministra Nancy Andrighi, do STJ, impôs cautelares a ele e assessores: “Quem não deve, não teme”, assegurou o governador em sua mensagem. 

Postura

“Todos sabem que a Justiça tem o seu tempo e como eu acredito na Justiça mais uma vez me coloquei e abri todo o meu governo à disposição das autoridades. Todo homem público tem obrigação de prestar contar ao povo, à Justiça e a Deus. Por isso, estou tranquilo e garanto ao povo do meu estado do Acre que não vou decepcionar a sua confiança. Sigo fazendo a minha parte, porque quem não deve não teme. Continuo trabalhando para melhorar de fato a vida das pessoas. Que Deus nos protege e abençoe”, deixou registrado Cameli. 

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Sanções 

Ainda sobre o desdobramento da operação Ptolomeu, o jornalista Fausto Macedo, que assina os textos do Blog do Fausto Macedo, hospedado no jornal O Estado de São Paulo (https://www.estadao.com.br/politica/blog-do-fausto-macedo), ontem, domingo, 12, trouxe texto onde constata que além do governador Gladson Cameli (PP) merece destaque outros assessores do governo estadual que foram alvo da ofensiva que apura supostos desvios no bojo de obras de infraestrutura de unidades de saúde e escolas. 

Andar de baixo 

Passeando pelo processo, Fausto reproduz que a relatora da investigação no Superior Tribunal de Justiça, ministra Nancy Andrighi, também impôs medidas cautelares alternativas ao Secretário de Obras Públicas Cirleudo Alencar de Lima e ao chefe da Representação do Governo em Brasília Ricardo Augusto França da Silva, dentre outros. Eles foram afastados, não podem entrar em órgãos públicos do Estado em que trabalham e tampouco se comunicar com outros investigados.

Reminiscências 

O jornalista dá ênfase ao chefe da Representação do Governo em Brasília, Ricardo Augusto. Relembra que Ricardo Augusto França da Silva é aliado de longa data de Cameli e que entre 2015 e 2018 atuou como assessor parlamentar do hoje governador, quando este era senador. Em 2019, o advogado assumiu o órgão acreano tido como ‘braço do governo’ em Brasília.

O passado manda lembranças 

Ainda puxando pelo passado, Fausto relembra que em 2006, Ricardo França chegou a ser alvo da Operação Sanguessuga, que investigou uma quadrilha formada por ex-parlamentares, assessores, empresários e funcionários do Ministério da Saúde, acusados de vender ambulâncias superfaturadas por meio de licitações fraudadas para prefeituras de oito Estados.

O outro lado

No texto, o jornalista diz que entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do governo do Acre em busca de posicionamento do chefe da Representação do Governo em Brasília e do comandante do governo. Obteve resposta apenas do Governo do Estado do Acre.

Nada a temer

Por nota emitida pela comunicação do governo, o governador do Acre, Gladson Cameli, tem a declarar que: ‘a) Essa é mais uma etapa da operação de mesmo nome. Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido; b) Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações; e c) O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça.

Day after 

Ainda sobre a operação Ptolomeu III, é dada como certo por analistas de dentro do governo que, devido as medidas cautelares que determinam a suspensão junto ao governo dos contratos de 15 empresas investigadas, empresas de construção civil e àquelas subcontratadas e, ainda, uma gama de firmas que fazem parte da pirâmide da engenharia da construção, podem, a qualquer tempo, desligar trabalhadores alegando insolvência financeira, cessando a cadeia negocial. No geral, estima-se que de 10 mil a 15 mil pais de família possam perder sua renda.

Problemão 

A Associação de Bares, Restaurantes, Distribuidoras e Promotores de eventos do Acre (ABRACRE), saiu na frente expressando preocupação com a manutenção de postos de trabalho. “A suspensão das atividades profissionais das empresas durante o processo investigativo da Operação Ptolomeu III, pode ocasionar desemprego direto, como também afetará o comércio local, diminuindo assim o poder de compra de uma parcela da população, pois a economia possui vias diretas e indiretas, como em todo o país”. 

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Casos de família

Depois de ver o PDT perder a eleição no primeiro turno no Ceará e no Brasil, a família Gomes ainda não superou o racha de irmãos em 2022. As divergências ficaram claras nos últimos dias com farpas públicas recentes do senador Cid com pedetistas mais próximos de Ciro no Ceará, tirando cada vez mais o protagonismo da família no poder político no estado.

Replay

O cenário atual aponta para uma provável divergência na disputa da Prefeitura de Fortaleza, e que deve culminar em duas chapas como ocorreu em 2020 e em 2022 —no caso, para o governo do estado.

Roupa suja 

No último dia 28, Cid Gomes (PDT) deu uma de suas raras entrevistas, ao podcast “As Cunhãs”, e não quis dar detalhes sobre as divergências com o irmão. “Problema de família é em família, não trato em público”, disse, após perguntado se houve festa de Natal da família no ano passado.

Prudência 

Ainda na citada entrevista, sobre política, Cid falou muito e voltou a culpar o irmão pelo racha do PDT que gerou o fim da aliança com o PT de 16 anos no estado. Tudo para apoiar o ex-prefeito de Fortaleza e candidato derrotado ao governo, Roberto Claudio (PDT). Quando vi que Ciro deixou a questão irreversível, eu disse aos dois que estava fora, que era um tiro no pé enfrentar um candidato de Lula e de Camilo. Para não brigar com o Ciro, acabei me recolhendo”.

Autoexílio 

A propósito do ex-candidato a presidência Ciro Gomes (PDT), fora dos holofotes desde o fim das eleições, ele está vivendo desde fevereiro em Boston, nos Estados Unidos, onde tem se dedicado a estudos informais sobre economia política sob tutela de seu guru, o professor de Harvard Mangabeira Unger. Segundo aliados, Ciro deve retornar ao Brasil no fim de março e quebrar o silêncio após o governo de Lula completar 100 dias. O resultado de suas pesquisas pode virar um livro. 

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Dura lex, sed lex

As ações fora da lei do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda repercutem. Segundo a Folha de São Paulo de hoje, 13/03, a 7ª CCR (Câmara de Coordenação e Revisão) do MPF (Ministério Público Federal), encarregada do controle externo da atividade policial, quer apuração de eventuais omissões da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na fiscalização das motociatas patrocinadas pelo ex-presidente e aliados. O Colegiado do Ministério Público entende que não se justifica ausência de autuações diante de condutores sem capacete.

Mau exemplo 

O ex-presidente promoveu mais de 30 motociatas em 2021 e 2022 em diversos estados, iniciativa de cunho eleitoral e sem relação com a função pública que exercia. Ele geralmente pilotava moto sem capacete, o que configura infração gravíssima no Código de Trânsito Brasileiro. Ele era seguido de vários apoiadores, muitos também sem o equipamento de segurança.

Pouco caso

Unidades do MPF nos estados foram acionadas para averiguar se agentes rodoviários federais deixaram de cumprir o seu dever de fiscais de trânsito durante essas motociatas. À época, a PRF alegou que estava atuando apenas na segurança do então mandatário, e os casos foram arquivados.

Desvirtuamento

Nos últimos quatro anos, a PRF mostrou alinhamento com o bolsonarismo e protagonizou situações como o aperto da fiscalização a ônibus no segundo turno das eleições em regiões onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha melhores índices de intenção de votos.

Cegueira 

Os pedidos de apuração enviados ao MPF apontam que a Polícia Rodoviária Federal fez vista grossa a eventuais infrações de trânsito cometidas em série por Bolsonaro e outros participantes das motociatas, como a falta do uso de capacete de segurança.

Crime e castigo 

Durante o governo Bolsonaro, a pedido do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, agentes rodoviários atuaram na escolta do comboio presidencial durante as motociatas, sobretudo como batedores. Integrantes da 7ª CCR entenderam que, se há prova de infrações registradas em vídeos com identificação de veículos e autores, não há justificativa para ausência de autuações. Os titulares da câmara são os subprocuradores Elizeta Ramos, José Adônis e Maria Iraneide.