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Jamaxi

Vítima

Na manhã de domingo (26) o jornalista Rogério Wenceslau, ex-porta voz do governo de Gladson Cameli (PP), foi às redes sociais denunciar que houvera sido vitima de um ‘arrastão’ defronte as dependências do restaurante Manto Verde, na Estrada do Amapá, em Rio Branco, oportunidade em que teve celular de última geração - usado para fazer filmagens - e outros equipamentos roubados.

Porta ‘fake’

Hoje, segunda feira (27), o secretário de Segurança do Estado do Acre, coronel Paulo Cézar Santos, divulgou nota oficial levantando suspeitas sobre o fato denunciado por Wenceslau, aduzindo que a notícia patrocinada por Rogério é ‘fakenews’, e também deixando nas entre linhas que a denúncia decorre de uma ação política, vez que o ex-porta voz é classificado na nota como “pré-candidato” a prefeito de Rio Branco e todos no meio político tem conhecimento que agora o profissional perfila-se como opositor do governo.

Suspeição

“Uma guarnição da Polícia Militar se dirigiu até o local e que, ao conversar com algumas pessoas, disseram não ter testemunhado nenhum arrastão ou roubo. No restaurante, os funcionários nada souberam informar e disseram que tomaram conhecimento através das redes sociais”, diz um trecho da nota.

Agraciados

O secretário afirma ainda que a dona do restaurante disse que não foi informada sobre nenhuma arrastão na frente do Manto Verde. Paulo Cézar diz, também, que nenhuma outra pessoa, além da esposa do jornalista, procurou a polícia para denunciar o caso.

Mistério

Em outro trecho da nota, a suspeita de uso político do caso fica patenteada:“Causa estranheza que tal ocorrência tenha apenas uma vítima e que esta sequer chegou a ligar para o número 190. Não houve registro formal do fato por outras pessoas, nem como vítima nem como testemunha”, diz a nota.

Argumentos

A nota segue dizendo que “até o momento houve um registro de roubo via Ciosp (190), em que a suposta vítima, além de não se identificar, só informou que havia sido vítima sem dar maiores detalhes. Ao ser questionada sobre a localização da ocorrência, encerrou a ligação sem informar o local onde supostamente teria sido roubada”.

Ação de ofício

Paulo César afirma que a Polícia agiu com presteza e que “a guarnição conversou com a proprietária do estabelecimento citado pelo denunciante, e ela mesma disse ter ficado surpresa, que só ficou sabendo do ocorrido ao receber ligações de pessoas perguntando se ela estava bem e afirmou que o local dispõe de seguranças particulares que também não perceberam quaisquer movimentações de um suposto arrastão. Os vizinhos do estabelecimento também foram ouvidos e não souberam informar sobre o fato”.

Detalhe

Fato a ser ressaltado é que Wenceslau deixou patente em sua fala que o roubo que foi vítima transcorreu no final de seu trabalho de filmagem, quando fazia imagens externas do ambiente para fazer o fecho do material jornalístico. Portanto, o depoimento da proprietária do restaurante não confronta o depoimento do ex-porta voz.

Mais notícias falsas

Ainda no seara da fakenews, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, espalhou no Twitter uma notícia falsa, de que o jornalista Reinaldo Azevedo foi demitido da Band News. “Ora ora ora e tal e tal e tal. Perguntar não ofende: será que, após os gastos milionários do Estado de São Paulo (Doria/PSDB) com rádios privadas, esta pessoa terá dificuldade em se recolocar? Vejam, paulistas, como o dinheiro de seu IPVA é ‘bem’ aproveitado”, escreveu o titular da pasta no Twitter.

Manifestação

Mais cedo, o jornalista já havia publicado uma informação que desmentia a mensagem compartilhada pelo chefe do MEC. “Caras e caros, para infelicidade de alguns e contentamento de muitos, ninguém me censurou, me patrulhou, me tirou do ar. Volto, se Deus quiser, na 2a, superadas algumas dificuldades pessoais. Minha liberdade de opiniãona @radiobandnewsfm é plena”, disse.

Sem mercado

Além de alimentar uma fake news, Weintraub indicou que Reinaldo Azevedo, um forte crítico do governo Bolsonaro, poderia não mais ter lugar para trabalhar após a “demissão”.


poronga 002

Mimo

O governo Jair Bolsonaro pretende acabar com o reajuste de salários retroativos, uma prática comum no serviço público do País. A mudança, prevista na reforma administrativa, atingirá as regras dos servidores da União, dos Estados e dos municípios. Também estão proibidas as promoções e progressões exclusivamente por tempo de serviço. De acordo com o Ministério da Economia, 11 Estados gastam com pessoal mais que o limite de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL) permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Juízes, procuradores e parlamentares ficarão de fora do alcance das medidas da reforma administrativa num primeiro momento.

Análise prévia

A proposta prevê que os concursos deixem de ser a porta de entrada para o serviço público. Quem passar em concurso será efetivado como servidor público depois de um período trabalhando. Nessa fase, ele será avaliado para a aptidão ao cargo. O prazo para avaliação está sendo definido entre dois e três anos, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. Nada muda na prova técnica do concurso.

Ra, Ré, Ri, Ró, Rua...

Outra medida no projeto de reforma é vedação das aposentadorias como forma de punição. Atualmente, quando algum servidor público comete uma infração disciplinar, recebe uma “aposentadoria compulsória”, com vencimentos proporcionais. Agora servidor pode ser desligado sem remuneração.

A nova ordem

Atualmente, quem passa no concurso e se torna servidor efetivo faz antes um estágio probatório, no qual só 0,2% são desligados. Os demais 99,8% dos servidores que fazem o atual estágio probatório permanecem como servidor. A equipe econômica do governo também quer uniformizar férias de 30 dias para todos os servidores públicos brasileiros.