O governador Gladson Cameli, acompanhado da presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), Sula Ximenes, esteve nesta segunda-feira, 18, na Passarela Joaquim Macedo, um dos mais bonitos cartões-postais de Rio Branco, para avaliar os danos causados pelos eventos climáticos extremos. A estrutura, localizada no coração da capital, sofreu um desmoronamento parcial devido à erosão acelerada das margens do Rio Acre.
Foco
Durante a inspeção, Gladson expressou sua preocupação com a situação e reafirmou o compromisso do Estado em tomar medidas imediatas. “Estamos mobilizando todos os esforços necessários para garantir a manutenção da passarela e a segurança da população. Este é um espaço simbólico para Rio Branco e não mediremos esforços para recuperá-lo”, declarou.
Imediatismo
O Deracre, responsável pela obra, já instalou um esquema de monitoramento diário da estrutura e planeja uma série de intervenções nos próximos dias. O trabalho, no entanto, exigirá equipamentos especializados, incluindo um guindaste de alta capacidade, que está sendo trazido de outro estado para realizar os reparos estruturais.
Ação emergencial
De acordo com a diretora presidente do Deracre, Sula Ximenes, as últimas semanas foram cruciais para a piora da situação. “Os danos se intensificaram de forma imprevisível. Estamos trabalhando para corrigir fissuras e reforçar pontos críticos de sustentação, garantindo a durabilidade da estrutura”, explicou.
Intervenção
A obra, que contará com um investimento de R$ 18 milhões em recursos próprios do Estado, terá como foco a correção de fissuras, o reforço estrutural e a estabilização das margens do rio. A intervenção busca não apenas restaurar a passarela, mas também mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos que vêm impactando a região. Os ciclos de seca e cheia do Rio Acre têm contribuído para o agravamento da erosão nas margens, aumentando os riscos à segurança de pedestres e ciclistas que utilizam a passarela diariamente.
Alvíssaras
Durante reunião com o governador Gladson Cameli nesta segunda-feira, 18, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre, Ricardo Araújo, revelou que, em 2025, será lançado o projeto de recuperação total da BR-364, no trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
Pauta
A reunião estratégica também contou com a participação da presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes. Conforme relatado pela Agência de Noticias do Acre, o assunto foi o planejamento e as ações emergenciais para garantir a trafegabilidade e a manutenção das rodovias federais no estado durante o período do inverno amazônico. Ainda no encontro, o governador reafirmou o compromisso em colaborar com as iniciativas do Dnit. “As ações do Dnit no nosso estado são sucesso para o povo acreano. Estamos à disposição para apoiar no que estiver ao nosso alcance”, declarou.
Parceria
Araújo enfatizou a importância da parceria com o governo estadual para superar os desafios logísticos e climáticos. “Temos uma preocupação muito grande com a BR-364 neste período de muitas chuvas, especialmente com o fluxo intenso de caminhões com sobrepeso. Precisamos limitar esses excessos para garantir que a estrada suporte o inverno amazônico”, explicou.
Recursos
O representante do Dnit também destacou os investimentos previstos para 2025: “Vamos começar o ano com R$ 600 milhões em verbas, com possibilidade de chegar a R$ 1,1 bilhão até o final do ano. Esse recurso será fundamental para transformar a BR-364 em uma rodovia de qualidade, como a população acreana merece”.
Confessionário
A Polícia Federal intimou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), a prestar um novo depoimento. A oitiva acontece nesta terça-feira, às 14 horas, na sede da PF em Brasília.
Achado
A PF recuperou dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos de Cid, como mostrou o blog de Daniela Lima, do G1. A ideia é questioná-lo sobre eventuais omissões de sua colaboração premiada, que está sendo reanalisada pelos investigadores.
Nada a esconder
Em nota, a defesa do coronel disse que ele “sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a tudo que lhe perguntado”. “Se ainda há algo a ser esclarecido, ele o fará, com toda presteza”, acrescenta o texto.
Descoberta
Os arquivos apagados foram acessados por meio de um software israelense da perícia da Polícia Federal. De acordo com os investigadores, a descoberta dessas informações atrasaram a conclusão do inquérito sobre a suposta trama golpista que foi articulada no Palácio do Planalto no fim de 2022.
Prospecção
A PF investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro mobilizou ministérios e órgãos públicos para planejar uma forma de se manter no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL).
Desfecho
A colaboração de Cid foi firmada pela Polícia Federal com o aval do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em setembro do ano passado. Alguns meses depois, ele criticou a própria colaboração, dizendo que foi pressionado a “confirmar a narrativa deles”, segundo áudios de WhatsApp revelados pela revista Veja.
Idas e vindas
Cid, então, voltou a ser preso pela acusação de tentar tumultuar a investigação e foi solto dois meses depois. Ao Supremo, ele reafirmou o conteúdo da sua delação e a voluntariedade dos depoimentos.
Pactuado
Um acordo de colaboração prevê o compromisso do delator em falar tudo o que sabe sobre o caso sob apuração. Caso não cumpra esse pacto, ele corre o risco de ter os benefícios da delação anulados.
Mamata
O Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) analisam uma denúncia que acusa a Embratur, agência governamental de promoção do turismo presidida pelo ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT) e subordinada ao ministro Celso Sabino (União Brasil), de ter contratado 30 funcionários fantasmas nos últimos seis meses. A apuração está em estágio inicial, mas nesta segunda-feira,18, Freixo já demitiu cinco dos listados na denúncia. Pelo menos dois são ligados a Sabino.
Vai que cola
Instado, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que os relatórios de desempenho dos servidores demitidos eram ruins. “Aqui não existe nenhum tipo de acordo para abrigar fantasmas ou de loteamento político. Estamos batendo recordes de turistas graças a muito esforço e trabalho. Quem não estiver trabalhando e dando resultado não fica”, disse Freixo.
‘Sartando’ de banda
Duas das funcionárias demitidas na data de ontem, segunda-feira, 18, eram lotadas no Pará, estado natal do ministro do Turismo. Trata-se da gerente Ana Paula Uchoa e da coordenadora Débora Carvalho, que constam como funcionárias da área de marketing internacional. Ana e Débora têm registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Pará. Na semana passada, elas foram procuradas pela imprensa, mas a primeira pediu que averiguassem os questionamentos junto a assessoria da Embratur e a segunda não atendeu aos telefonemas e nem respondeu a um e-mail enviado.
Cordão
Um terceiro aliado do ministro que é apontado como fantasma, mas continua na Embratur, é Marcelo Cebolão, que ganha R$ 38,3 mil mensais para ser gerente na diretoria de marketing internacional. Cebolão é tesoureiro-adjunto do diretório do União Brasil no Pará, presidido por Sabino.
Ponto de partida
A indignação do corpo técnico da empresa de turismo com a existência de funcionários acusados de não trabalhar, levou um grupo de servidores a apresentar a denúncia ao MPF e ao TCU. Segundo o TCU, o material foi enviado para a unidade técnica responsáveis, que “vai avaliar a adoção de providências”, o que pode levar à abertura de um processo específico para apurar as suspeitas. No âmbito do MPF, o caso foi protocolado como “notícia de fato”, que é um procedimento inicial de apuração para posterior análise da pertinência de abrir uma investigação ou não.