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Vigilância 

Em documentos enviados ao governo do Acre, ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado, os deputados petistas Léo de Brito e Daniel Zen, respectivamente deputado federal e estadual, solicitam rigor no monitoramento das aplicações de vacinas contra a Covid 19 para evitar privilégios como foram registrados em outros Estados.

As claras

De acordo com os parlamentares, suas reivindicações buscam dar publicidade para o total de vacinas distribuídas na capital e no interior, bem como às pessoas que estão sendo imunizadas de acordo com os grupos prioritários pré-definidos. 

Público alvo 

Leo de Brito lembra que o Acre recebeu 41 mil doses da vacina, o que significa que apenas 2,3% da população serão imunizados nesse momento. “A informação é de que essa quantidade não será suficiente para imunizar nem os profissionais de saúde. Precisamos saber para onde está indo essa vacina. Esse é um assunto que precisa ser tratado com muita responsabilidade, seriedade e transparência, para que não aconteça desvio e privilégios, como temos acompanhado em outras cidades”, observou o deputado federal.

Transparência 

Já o deputado estadual Daniel Zen defende o máximo rigor na fiscalização e transparência das ações neste sentido. “Estamos acompanhando esse processo e fazendo nosso papel que é fiscalizar e cobrar mais transparência do poder público para que a população não seja prejudicada e, sobretudo, para salvaguardar o direito dos públicos prioritários”, argumentou Daniel Zen.

Rigor 

A proposito da preocupação dos parlamentares petistas, explicitadas nas notas acima, o governador Gladson Cameli, anunciou ontem, 25, um disque-denúncias para que sejam registradas quaisquer irregularidades referentes ao descumprimento das fases de imunização. 

Endereçamento 

As denúncias já podem ser recebidas pelo número (68) 3224-7546, do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).

Transparência total 

“Não vou tolerar nenhum ato de desvio ou de privilégio”, disse o governador ao realizar o anúncio no último sábado, 23, após notícias de que desvios das vacinas estariam ocorrendo em outros estados.

Outras ferramentas

Além do disque-denúncia, o secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, reitera que o Acre possui um sistema que se conecta com os sistemas nacionais. “A distribuição aos municípios é acompanhada e monitorada por nós, como, por exemplo, de quantas doses eles estão utilizando nos grupos prioritários”, explicou.

Consequências 

Até há poucas semanas, o governo Jair Bolsonaro vinha adiando a tática de tirar cargos de aliados de Baleia Rossi para evitar um confronto direto. Um levantamento chegou a ser feito sobre quantos cargos tinham deputados de cada grupo, mas o plano era deixar essa relação de nomes em banho-maria até a eleição. 

Aconteceu

Nas últimas duas semanas, porém, com a polarização da disputa, integrantes da Secretaria de Governo mudaram de ideia e as exonerações começaram. A votação na Câmara está marcada para a noite da próxima segunda-feira e deve invadir a madrugada.

Feudo 

O deputado acreano Flaviano Melo (MDB-AC) perdeu dois indicados no estado que mantinha desde o governo Temer. Foram exonerados neste mês Jorge Mardini Sobrinho, uperintendente do Iphan, e Luciana Videl de Moura, da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Luciana é esposa do deputado.

Posição 

“São da época do Temer. Ninguém mexeu neles e eles ficaram lá. Nem perguntei o motivo, porque eu sou do MDB e o MDB da Câmara não é da base do Bolsonaro, mas também não ia mandar (os indicados) saírem. Me disseram só que foi ordem do Palácio”, afirma Flaviano.


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Alvíssaras

O presidente Jair Bolsonaro disse na tarde de ontem, segunda-feira, 25, que a Embaixada da China informou ao governo federal pelo período da manhã que o envio dos insumos necessários para a produção do próximo lote de doses da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, já foi aprovado pelo governo do país asiático e deve ser liberado nos próximos dias.

Mensagem 

“Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5.400 litros de insumos para a vacina Coronavac, aprovada e já estão em vias de envio ao Brasil, chegando nos próximos dias (sic)”, escreveu Bolsonaro em sua página no Twitter.

Resultado 

Segundo informado anteriormente pelo Butantan, 5,4 mil litros de insumos são suficientes para a produção de cerca de 5 milhões de doses do imunizante. O instituto já havia demonstrado preocupação com a possibilidade de ficar sem ingrediente ativo para dar continuidade à fabricação da vacina. Os insumos já importados terminarão no fim de janeiro.

Produção 

Até agora, o Butantã já liberou 6,9 milhões de doses da Coronavac para distribuição aos Estados e promete entregar, nos próximos dias, mais 3,2 milhões de unidades do imunizante. 

Após a postagem do presidente, o Ministério da Saúde divulgou um vídeo do ministro Eduardo Pazuello confirmando a informação e prevendo a chegada das doses até o final da semana. 

Nova abordagem 

“A continuidade do recebimento dos insumos para a fabricação das vacinas pelo Butantan voltou à normalidade. Isso graças à ação diplomática do governo federal com o governo chinês por intermédio da Embaixada chinesa no Brasil. A previsão de chegada dos insumos no Brasil é até o final desta semana”, declarou.

Boas novas 

Ainda de acordo com Bolsonaro, o processo de importação da matéria-prima para a vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também está com a liberação “acelerada”. Também produzido na China, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina inglesa já deveria ter sido entregue em janeiro à Fiocruz para que o primeiro lote de doses fosse distribuído ao Ministério da Saúde no início de fevereiro.

Novo discurso 

Ainda na postagem nas redes sociais, o presidente mudou o tom e agradeceu a “sensibilidade” do governo chinês. Em diversas ocasiões, o presidente, seus filhos e outros membros do governo já criticaram o país asiático e colocaram em dúvida a segurança dos imunizantes desenvolvidos na China. Bolsonaro chegou a desautorizar Pazuello em outubro após o ministro assinar um protocolo de intenções com o Butantan para a compra da Coronavac. No dia seguinte, Bolsonaro determinou o cancelamento do acordo.

Empecilho 

O histórico diplomático turbulento entre Brasil e China na gestão Bolsonaro vem sendo apontado como uma das razões para a demora do governo chinês na liberação da exportação da matéria-prima para as vacinas.

Tiro ao alvo 

Nas redes sociais, o presidente agradeceu ainda o “empenho” dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Eduardo Pazuello (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura) pelas negociações com a China. Os dois primeiros vêm sendo criticados por sua atuação na pandemia. Araújo faz parte da ala que já criticou publicamente o governo chinês. Já Pazuello é acusado de lentidão nas negociações com os fabricantes dos imunizantes.