Foi só Thiago Caetano ( PP), secretário extraordinário do governo, receber autorização do governador Gladson Cameli ( PP) para iniciar articulações com vistas à disputa da prefeitura da capital, que pelo calendário tem o primeiro turno marcado para 4 de outubro, e um eventual segundo turno para 25 de outubro, que já começou a saraivada de críticas.
Passos de cágado
O ex-assessor do Governo do Acre, Hedislandes Gadelha, uma espécie de digital influencer tupiniquim, ontem foi até a obra da concha acústica - que encontra-se paralisada desde meados do ano passado -, e gravou um vídeo mostrando o quão incapaz foi o engenheiro que estava responsável pela reforma, no caso Thiago Caetano, a ponto de não concluir a obra considerada de pequeno porte.
Capinando sentado
No vídeo, Hedislandes questiona o fato de Thiago não ter concluiu uma obra simples, como a reforma da concha acústica, mas quer e tem interesse em ser prefeito da capital Rio Branco. “Não é a toa que o governador exonerou-o da secretaria de infraestrutura para colocar na secretaria onde só tem lábia e é só articulação”. Diz, ainda, que o engenheiro não conseguiu limpar os parques de Rio Branco e entregar para a prefeitura assumir os trabalhos de manutenção, e, extrema audácia, ainda quer ser prefeito da capital.
Avaliação
O ministro da economia, Paulo Guedes, reafirmou que pretende acabar com a estabilidade do servidor público. “Nós estamos entrando agora na Reforma Administrativa para valorizar o bom servidor. Não atinge o direito de quem está lá. Para ganhar estabilidade tem que provar que é um bom servidor, ter espírito de equipe, ser aprovado pelo chefe”, disse o ministro. O relato dele foi publicado no Twitter do ministério.
Faz arminha barnabé
A equipe de Guedes deve enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar os desligamentos de servidores estáveis por mau desempenho. A medida está no pacote da reforma administrativa. A ideia é mudar a Constituição para deixar claro que o mau desempenho pode ser motivo para a saída dos quadros. Levando em conta este modelo, só os novos funcionários seriam atingidos pela mudança.
Óleo de peroba
O Senador Márcio Bittar (PMDB) recorre as redes sociais para vangloriar-se de recursos que fez aportar no estado, a partir de repasses do governo federal. Na listas dos ‘feitos’, faz listar R$ 28,3 milhões de ‘Cessão Onerosa’ do pré sal.
Pegadinha do malandro
“Cessão onerosa” é o nome que foi dado ao contrato de exploração de petróleo em uma área do pré-sal. Por lei, todo o petróleo que existe no subsolo é da União. Em 2010, o governo cedeu à Petrobras o direito de produzir 5 bilhões de barris em áreas do pré-sal. Portanto, não existe nenhuma intervenção do senador emedebista no repasse dos recursos ao tesouro estadual.
Chispa
A ala militar do governo Bolsonaro, com apoio de ministros de fora do Planalto, está articulando a demissão do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O desgaste de ambos teria chegado ao limite. Contra Onyx pesa ainda o fato de ter apresentado Weintraub a Bolsonaro. As informações são do site Brasil 247.
Trôpego
Na avaliação de seus aliados, Lorenzoni deveria deixar o governo e voltar para a Câmara dos Deputados. O ministro está em férias e retorna a Brasília na segunda-feira (3). Segundo o blog do Valdo Cruz, o ministro perdeu “praticamente qualquer poder à frente da Casa Civil e já vinha sendo bombardeado por outros ministros”.
Fogo próximo
Dois dos principais auxiliares de Lorenzoni foram demitidos durante a sua ausência: Vicente Santini, que fez “voo particular” com avião da Força Aérea Brasileira (FAB), e Fernando Moura, que ficou apenas um dia como interino.
Tomando distância
De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, uma saída estudada seria transferir Onyx para um ministério da área social, retirando ele do Palácio do Planalto, onde despacha o chefe da Casa Civil e Bolsonaro.
Esvaziamento
O chefe da Casa Civil coordenou a transição do governo no final de 2018. Depois, na Casa Civil, acumulava a articulação política e a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), mas, no ano passado, Bolsonaro tirou a articulação de Onyx, que passou para a Secretaria de Governo, sob o comando de Luiz Eduardo Ramos.
Desprestígio
O ministro também teria a função de coordenar a atuação de todas as pastas da Esplanada dos Ministérios, mas há reclamações nos bastidores. Um sinal de que Bolsonaro não está satisfeito com o trabalho foi ele mesmo ter passado a coordenação do Conselho da Amazônia, anunciado no início deste ano, para o vice-presidente, Hamilton Mourão. E, nesta quinta, ele perdeu também PPI, o plano de concessões e privatizações, para o Ministério da Economia.
Puxa e encolhe
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na manhã desta quinta-feira (30) que irá demitir José Vicente Santini do cargo de assessor especial de relacionamento externo da Casa Civil. Ele foi nomeado para o posto ontem, um dia depois de ser demitido publicamente por Bolsonaro do cargo de secretário-executivo da pasta, após utilizar um avião da FAB para se deslocar para a Suíça e de lá para a Índia.
Readmitido após reunião
Segundo matéria publicada pelo Estadão, Santini foi readmitido na pasta após se reunir com Bolsonaro e, junto com interlocutores, convencer o presidente de que ele poderia seguir no governo. Responsável pela nomeação, Wandscheer era subordinado de Santini até o dia anterior. Com a primeira demissão de Santini, passou a ocupar o cargo de secretário-executivo.
Números
No primeiro cargo, Santini recebia um salário de R$ 17.327,65 mensais. A remuneração prevista para o segundo posto era de R$ 16.944,90. A segunda demissão ocorre dois dias depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que era inadmissível que um membro do governo usasse um avião da FAB para se locomover.
Futuro em aberto
“Vou conversar com o Onyx e ver quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. Inadmissível o que aconteceu. Ponto final”, afirmou. “O cargo de Executivo da Casa Civil já está perdido. Outras coisas virão depois de conversar com o Onyx”, completou.
Trajetória
Santini virou secretário-executivo da Casa Civil em abril, quando assumiu o cargo que era ocupado por Abraham Weintraub, hoje ministro da Educação. O ex-secretário-executivo da Casa Civil nega ter cometido irregularidade e diz que seu voo está de acordo com as regras estipuladas para uso de avião oficial. Ele destacou, em nota, que viajou a trabalho e a pedido do presidente da República.