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Jamaxi

Vale tudo

Vale tudo

Os partidários do candidato ao senado Ney Amorim (Podemos) decidiram partir para a baixaria contra o deputado Alan Rick (UB), apontado pelas pesquisas como líder na corrida para o senado.  Num grupo de WhatsApp, em áudio ofensivo ao deputado Alan Rick (UB), o internauta Romário Levita, sem apresentar provas, afirmou que existe uma aliança do parlamentar com o candidato petista Jorge Viana. O comentário foi feito no grupo “Verdadeira Situação”, administrado pela advogada Valdete Souza. 

Bom senso

A grave difamação, chegou ao conhecimento do secretário Paulo César (Segurança), que alertou no grupo: providências serão tomadas a fim de se evitarem injúrias e crimes idênticos. O secretário, de forma serena, disse que a administração do grupo deveria tomar providências contra as infâmias, vez que o administrador está sujeito a responder criminalmente em decorrência das ofensas. Paulo César foi além, afirmando que não irá prevaricar (deixar de exercer a sua obrigação como autoridade da segurança) diante de flagrantes desrespeitos, independente se a vítima é postulante a cargo público ou cidadão comum.

Serenidade 

Alan Rick, por sua vez, lamentou a “baixaria” e disse ser apoiador do governador Gladson Cameli (PP), de quem é amigo, e do presidente Bolsonaro. Ele se dirigiu ao seu eleitorado, pedindo para que não se permitam influenciar pelo que chamou “fake news do desespero”. “Vou na delegacia, vou na Polícia Federal, onde quer que seja, mas temos que agir contra essas inverdades”, disse. Nos ataques endereçados a sua pessoa, Alan Rick é tratado como “vagabundo” e outros comentários desabonadores. 

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Sinistro 

Os sequestros por parte da campanha de Jair Bolsonaro (PL) das viagens ao funeral da rainha Elisabeth 2ª, em Londres, e a abertura da Assembleia Geral da ONU levaram governos estrangeiros a consolidar uma orientação de evitar qualquer contato mais explícito, assinatura de acordos ou entendimentos com o Palácio do Planalto, até pelo menos que a eleição seja definida no Brasil.

Cenário 

Autoridades europeias já tinham adotado uma postura de cautela em relação ao governo de Jair Bolsonaro, com a própria Comissão Europeia trabalhando internamente com a perspectiva de que, em 2023, o presidente brasileiro já seria outro.

Gota d’água 

Fontes diplomáticas confirmaram que, ao longo dos meses, a opção pelo distanciamento ganhou força depois que Bolsonaro usou um encontro com embaixadores estrangeiros em julho para mentir sobre o sistema eleitoral brasileiro. Pelo protocolo, as embaixadas estrangeiras não poderiam deixar de atender ao convite do chefe de estado do país onde estão alocadas. Mas muitos dos embaixadores se sentiram “usados” ao entenderem que eram palco para uma campanha eleitoral e contra as urnas.

Aprofundamento 

O mal-estar ganhou uma nova proporção na semana passada, depois que Bolsonaro usou até mesmo o funeral da monarca britânica para fazer campanha. Em embaixadas estrangeiras em Brasília, a percepção é de que o presidente não respeitará nenhum protocolo, luto ou normas a partir de agora.

Pato manco 

Em diversas democracias, a orientação foi a de suspender qualquer contato mais frequente com as autoridades brasileiras para evitar a repetição do cenário constrangedor. “Para muitos de nós, ele já é um pato manco”, explicou um diplomata estrangeiro, numa referência ao conceito em inglês de um presidente que já não governa e que apenas está aguardando o prazo para se retirar.

Cautela 

Diplomatas brasileiros passaram a ser informados por seus homólogos em diferentes capitais que decisões estratégicas sobre o Brasil aguardariam uma definição dos resultados eleitorais. Essa é uma forma elegante para dizer que, por enquanto, os contatos se limitariam ao necessários e aos temas urgentes.

Sinalização 

Enquanto os contatos com o governo Bolsonaro passam a ser limitados, autoridades estrangeiras proliferam encontros com membros da sociedade civil brasileira, indígenas e grupos de oposição ao presidente. Nesta semana, tanto a Comissão Europeia, como a presidência do Parlamento Europeu e relatores da ONU receberão em Bruxelas e em Genebra uma delegação de indígenas brasileiros. 

Mensagem 

Faltando menos de uma semana para a eleição, o gesto foi interpretado por observadores internacionais como um recado claro de que essas entidades não estão de acordo com o posicionamento políticos de Bolsonaro sobre temas ambientais e de direitos humanos. 

Nas últimas semanas, governos europeus, o Vaticano e congressistas americanos também seguiram o mesmo padrão, abrindo suas portas para entidades da sociedade civil brasileira. O motivo: a eleição brasileira e um eventual movimento de ruptura democrática por parte de Bolsonaro.

Jogo jogado 

Uma articulação também tem sido realizada entre governos estrangeiros para que haja um reconhecimento do resultado divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), evitando que se abra uma brecha para que Bolsonaro tenha apoio internacional no caso de um ato de contestação. Dias depois, a embaixada americana em Brasília foi a primeira a sinalizar nesta direção. Nas redes sociais, o governo de Joe Biden indicou que considerará como legítimo o resultado chancelado pelo sistema eleitoral brasileiro, e não por meio de uma negociação.

Abrindo a semana 

O Instituto FSB Pesquisas, contratado pela BTG Pactual, publicou, nesta segunda-feira (26/9), pesquisa eleitoral de candidatos à Presidência da República. De acordo com o levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 45% das intenções de voto, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta 35%.

Cenário inalterado 

Em comparação com a pesquisa divulgada em 19 de setembro, o cenário demonstra estabilidade. Na última sondagem, Lula estava com 44%, e oscilou um ponto dentro da margem de erro. Bolsonaro, por sua vez, manteve 35%. O cenário considerado é o estimulado, no qual os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores.

Segundo pelotão 

Ciro Gomes (PDT) está em terceiro lugar e manteve os 7%. Já Simone Tebet (MDB) apresenta 4% das intenções de voto — a emedebista oscilou um ponto para baixo, dentro da margem de erro. Soraya Thronicke (União) e Felipe D’Ávila (Novo) têm 1% das intenções de voto.

Dados técnicos 

Os demais candidatos não pontuaram. Voto nulos ou em branco somam 4%. Os entrevistados que não sabem ou não quiseram responder totalizam 2%. Para a pesquisa, o instituto entrevistou 2 mil eleitores, por telefone, entre os dias 23 e 25 de setembro de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no TSE sob o protocolo BR-08123/2022.