O jornal O Globo de hoje destaca que o município de Miracatu (SP), localizado no Vale do Ribeira, a 137 quilômetros da capital paulista, foi beneficiado com o empenho de R$ 35 milhões em verbas da União no apagar das luzes de 2021.
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A cidade, de 20 mil habitantes, tem como prefeito Vinícius Brandão (PL), cujo chefe de gabinete é Renato Bolsonaro, irmão do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Reserva
Um levantamento feito pelo GLOBO identificou que o montante foi empenhado (reservado para gasto) entre os dias 17 e 30 de dezembro por meio dos ministérios do Desenvolvimento Regional; Agricultura; Cidadania e Turismo.
Chancela de Bittar
Segundo o Portal da Transparência, pelo menos R$ 10 milhões são provenientes de emendas de relator, no caso indicação do senador acreano Márcio Bittar (MDB), oriunda do chamado orçamento secreto — instrumento pelo qual um parlamentar destina recursos federais a uma determinada localidade sem que seu nome apareça publicamente, tampouco se saiba a destinação dos recursos em questão.
Declaração
A propósito de Bittar, ontem ele foi às redes sociais renovar votos de fidelidade ao governador Gladson Cameli (PP). Após aliados da cozinha do governador reclamar pela solidariedade do emedebista no caso da operação Ptolomeu, Márcio irrompeu em um vídeo soando definitivo: “Vou com você até o final”.
Prego batido...
O senador bolsonarista reafirmou sua confiança no governador acreano e disse que no que depender dele, o Acre se tornará este ano um canteiro de obras, para gerar emprego e renda.... ponta virada!“Quero renovar o meu voto de confiança a você. Se depender de mim, vou fazer muito pra que 2022 traga muita obra, muito serviço, para aliviar um pouco a dor de milhares de famílias que ainda estão no desemprego”, disse Bittar.
Rancho
A Secretaria Geral do Exército anunciou, nesta sexta-feira, 7, a compra de “gêneros de alimentação e panificação” para atender às necessidades do hotel de oficiais, subtenentes e sargentos, informou o Radar da Veja.
Vida dura
Segundo a reportagem, a lista inclui 200 fardos com 12 unidades de “cerveja com álcool da marca Skol”. De acordo com a Veja, o custo total para o contribuinte brasileiro só com cerveja é calculado pelo Exército em 5.768 reais.
Decisão ignorada
Em maio do ano passado, lembra o Radar, o ministro da Defesa, general Braga Netto, anunciou a suspensão da compra de bebidas alcoólicas pelas Forças Armadas com dinheiro público. Esse assunto já rendeu investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ignominia
Em dezembro do ano passado, foi revelado pela Folha de S.Paulo que militares usaram recursos que deveriam ser gastos em prevenção contra a Covid-19 para comprar filé mignon e picanha, carnes nobres que a maioria da população brasileira, diante da carestia, não consegue ter acesso.
Asco
Em fevereiro de 2021, foi revelado que militares utilizaram dinheiro público para bancar 80 mil cervejas, centenas de latas de Skol Beats, 714 mil quilos de picanha e 1,3 milhão de quilos de carvão.
Nova realidade
O início deste ano eleitoral sob a ameaça de uma nova onda de covid-19 está fazendo partidos e pré-candidatos reverem planos. O maior foco de preocupação está nos Estados, onde os governadores, em busca da reeleição ou de emplacar um sucessor do mesmo grupo, temem ser obrigados a adotar medidas que restrinjam a circulação de pessoas, o que já mostrou ser um fator de desgaste entre parte considerável da população.
Inversão de papeis
Segundo apurado, os governadores preveem uma inversão de papéis em relação a 2020: desta vez, deverá caber aos prefeitos a adoção de medidas amargas, caso elas se mostrem necessárias. Municípios já se organizam para pressionar o Ministério da Saúde.
Jogada
O jogo de Jair Bolsonaro já é manjado: o presidente responsabilizará governadores e prefeitos por tudo.
Iguais na dor
Reunião realizada na quarta-feira, 5, entre a cúpula do PDT e a do PSB para discutir possível aliança entre os dois partidos nas eleições acabou se transformando em ato de solidariedade a Márcio França, alvo de operação da Polícia Civil de São Paulo.
Iguais na dor 2
Os dois partidos decidiram postergar as negociações. Mas reforçaram pontos em comum: assim como o PDT, o PSB busca escapar da histórica força gravitacional que os atrai rumo a Lula e ao PT. Por isso, os pedetistas hipotecaram solidariedade a França comparando-o com Ciro Gomes, alvo da PF.
Filho teu
Lula tem aconselhado os admiradores que o procuram em busca de apoio a eventuais candidaturas ao Congresso a saírem pelo PSB, PV e até pelo PSD. O ex-presidente, claro, não quer dividir o gordo Fundo Eleitoral do PT.
Não olhe…
Apesar de o entorno mais restrito de Lula afirmar que a antecipação de problemas eleitorais dá ao ex-presidente mais tempo para contorná-los, é inegável que ninguém no PT imaginava ter de lidar com a sombra de Dilma Rousseff antes do início oficial da campanha eleitoral.
…Para cima
Por ora, a ordem de Lula é: virar as costas para o governo da ex-presidente e fazer uma defesa apenas formal de Dilma “na pessoa física”.
Agenda
Além da sinalização do ex-presidente Lula (PT) e da presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), de que pretendem revogar a reforma trabalhista caso a sigla volte a poder com as eleições deste ano, o partido quer ser ainda mais amplo em seu “revogaço”, noticia o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (7).
Revisão
De acordo com a publicação, Lula e “importantes integrantes” do PT querem “reverter outras propostas aprovadas nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, como o programa de privatizações de estatais e o teto de gastos”.
Debate
Revogar a autonomia do Banco Central, aprovada em 2020 pelo Congresso Nacional, também é discutida, mas ainda em fase pouco avançada.