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Os vereadores da Rio Branco aprovam na sessão legislativa de ontem, 10, o desconto no salário dos parlamentares faltosos as edições do parlamento mirim. A sessão que aprovou por unanimidade o requerimento do vereador João Marcos Luz (PL), determina que a Mesa Diretora desconte o valor de R$ 500 nos proventos do parlamentar que não comparecer às sessões sem apresentar uma justificativa plausível pela ausência.

Sabedoria popular

Fiel ao axioma que retrata o dito popular onde resta constatada a contraditória situação de ‘casa de ferreiro, espeto de pau’, o presidente da Casa, vereador Raimundo Neném (PL), e ainda os vereadores Antonio Morais (PL), James do Lacem (PL), DR. Raimundo Castro (PL), Célio Gadelha (MDB) e Arnaldo Barros (Podemos), não compareceram à votação.

A fórceps

O vereador emedebista Fábio Araújo (MDB) chegou a destacar que o desconto tem como objetivo incentivar a presença das parlamentares nas sessões da Câmara Municipal. “Foi um ‘milagre’ termos 12 vereadores presentes na sessão de hoje (10), pois na última quarta-feira (04) tivemos que encerrar a sessão por falta de quórum”, desabafou o vereador Samir Bestene (Progressistas).

Comprovação

O autor do requerimento justificou que será necessário aos pares apresentar um documento oficial que comprove o motivo da sua ausência na Casa durante os três dias por semana, no período do horário da manhã. “Queremos garantir que os trabalhos na Câmara não sejam prejudicados, mas agradeço o apoio da vereadora Elzinha Mendonça”, enfatizou Marcos Luz.

Calendário

Desde o fim das convenções de escolhas dos candidatos majoritários e proporcionais, neste ano de eleições, as Mesas Diretoras das Câmaras Municipais e da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) deliberaram por um calendário mais flexível das sessões, presente a necessidade dos parlamentares que disputam o pleito visitarem suas bases eleitorais em busca de votos.

Ajuste

Sobre a decisão, o vereador emedebista Fábio Araújo (MDB) manifestou discordância em qualquer mudança do horário das três sessões na Casa durante a semana. Observou que os pares têm o período da tarde e quatro dias na semana para fazer campanha. “Acredito que podemos conciliar a atividade parlamentar e de candidato à reeleição da próxima legislatura”, declarou.

Racionalidade

Para o vereador N. Lima (Progressistas), não tem justificativa a ausência dos vereadores nas sessões da semana. Acredita que os colegas que disputam à reeleição, podem fazer campanha durante o período da tarde e à noite, sem prejudicar a sua presença no Parlamento Municipal.

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Acidez

Ainda sobre o parlamento, ontem, 10, na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Tanízio Sá (MDB), fez duras críticas à gestão educacional do município de Rio Branco, destacando a falta de competência e compromisso da gestão. Ele endossou as preocupações levantadas pelos deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Emerson Jarude (Partido Novo), apontando que a situação no ensino primário da capital é “muito grave” e que o prefeito Tião Bocalom (PL) deveria ter tomado providências para evitar prejuízos ao ano letivo das crianças.

Nome e sobrenome

O deputado destacou que, apesar dos esforços da Secretária de Educação, Nabiha Bestene, para prever os problemas, o gestor maior deixou a situação agravar-se, prejudicando o ensino no município. Ele criticou ainda a tentativa de realizar contratações emergenciais para salvar o ano letivo, afirmando que “emergência é quando há uma causa natural, um desastre”, e não por falta de planejamento. “Não tem como chamar o Ministério Público, autorizar ou pedir para que seja contratado isso”, argumentou.

Resistência

Sobre a ideia de chamar professores para trabalharem de forma voluntária, Tanízio Sá foi enfático: “É impossível. O cidadão que trabalhou tem que receber”. Ele ainda lembrou que o Ministério Público e o Tribunal de Contas monitorariam qualquer tentativa de contratação irregular, destacando que “não tem jeito” de resolver a situação com “jeitinho”.

Pleito no interior

Além das críticas à gestão educacional, o deputado mencionou a situação das queimadas no estado, que têm afetado a qualidade do ar, e lamentou que a situação tenha chegado a esse ponto. Ele também fez questão de parabenizar a população de Sena Madureira pelo sentimento de mudança observado durante uma recente carreata na cidade, destacando a atuação do então candidato a prefeito, deputado federal Gerlen Diniz, e do governador Gladson Cameli, que participaram do evento.

Otimismo

O parlamentar concluiu com uma nota de otimismo em relação ao futuro político tanto de Rio Branco quanto de Sena Madureira, ressaltando o desejo por uma nova forma de gestão e o trabalho democrático que vem sendo feito na região. “Eu percebi que o povo de Sena Madureira está com sentimento de mudança. Nada contra a atual gestão, mas é visível que há um desejo de mudança”, finalizou.

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Estrutura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem, terça-feira, em visita ao Amazonas, que o seu governo irá criar uma Autoridade Climática para enfrentar as tragédias provocadas pelas mudanças nas condições ambientais do Planeta. A criação da nova estrutura era uma promessa de campanha assumida por Lula no momento da adesão de Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente, à sua candidatura em 2022.

Foco

“Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento desses fenômenos (riscos climáticos extremos). Para isso, vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico-científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federal”, disse o presidente, durante encontro com prefeitos para anúncio de medidas de combate à seca no estado, em um trecho lido de sua fala. Lula acrescentou que o “objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos extremos”.

Formato

Pela proposta apresentada na eleição, a Autoridade Nacional para Mudanças Climáticas teria como objetivo acompanhar as medidas tomadas pelo governo para reduzir a emissão de gases que contribuem com o efeito estufa. Após a vitória, a proposta foi deixada de lado. Um dos motivos alegados era a restrição orçamentária.

Comitiva

Lula viajou ao Amazonas acompanhado dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), José Múcio Monteiro (Defesa), Nizia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos.) O presidente anunciou o investimento de R$ 500 milhões em intervenções de dragagem nos rios do estado do Amazonas, para facilitar a navegação em meio à estiagem. Também foi prometida a pavimentação de um trecho de 20 quilômetros da rodovia BR-319, ao custo de R$ 157,5 milhões.

Retrovisor

Durante o seu discurso, Lula também criticou a gestão do antecessor Jair Bolsonaro (PL). “O plano anterior para o meio ambiente estava claro era abrir a porteira para deixar o gado passar. E a gente acha que a gente pode até criar gado, mas não precisa destruir a floresta e o nosso planeta para a gente criar. E nós, por isso, estamos tratando com muita decência”.

Ineditismo

Amazônia registra chuvas abaixo da média histórica desde julho. Nas últimas semanas, os focos de incêndio levaram cidades e até territórios indígenas a serem tomadas pela fumaça. Em 27 de agosto, chegou a ser registrado 1516 focos de queimadas na Amazônia, de acordo com o painel de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): 39% no Pará, 29% no Amazonas, 12% no Acre, 10% Rondônia e 8% no Mato Grosso.

Revés

Em julho, a Amazônia viveu o pior julho desde o início da série histórica de queimadas, em 1998. Além do desmatamento, o bioma sofre, pelo segundo ano seguido, uma seca severa. Ao longo do dia, Lula e os ministros visitaram comunidades atingidas pela seca no interior do estado.