A imprensa tem divulgado a mancheia denúncias de servidores da Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco, dando conta de práticas de perseguição e terrorismo patrocinada pelo Secretário Adjunto da pasta, pastor Paulo Machado, que hoje responde interinamente pela Secretaria.
Apoio
Instado a se manifestar, o prefeito Tião Bocalom (PL), de pronto, negou provimento às notícias e cacifou o auxiliar: “Não vou exonerar ninguém, e isso é conversa da turma que não aceitava ele, que está inventando isso. Não vou admitir. Não serei pautado por gente que não quer fazer a coisa correta”, afirmou.
Maquinação
E foi além: disse que as denúncias “partem de um grupo ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), que ainda estaria atuando dentro da Seme”. Além disso, afirmou que essas pessoas desejam o retorno de Nabiha Bestene à secretaria, algo que ele descartou completamente.“As notícias veiculadas na imprensa são falsas. Fakes de produção de pessoas que sempre foram oposição ao bom trabalho”, completa o gestor.
O outro lado
Por seu turno, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Rio Branco fez circular posicionamento do subsecretário onde ele deixa seu posicionamento, começando a contextualizar o ambiente da pasta que ora está no comando: “a secretaria de educação tem em seu quadro 3.800 servidores, atualmente lotados nas escolas e nos prédios administrativos, todos competentes para o trabalho em sala de aula, coordenação, apoio, gerência, direção, etc.”.
Rotina
E segue: “É comum alguns serem convidados a participarem da equipe de gestão nas instalações da secretaria, por conhecerem toda a rotina das unidades educativas e sua complexidade. Apesar dos servidores terem sido contratados para estarem em sala de aula, vez por outra são convidados para comporem equipes na administração por um período de tempo ou por um mandato inteiro”.
Rodizio
Ainda: “Com a reeleição do prefeito, é natural que algumas equipes sejam reordenadas, com fins a alternar e aprimorar o desenvolvimento dos projetos e das metodologias educacionais, e os professores serem substituídos na gestão, permitindo, com isso, que outros, igualmente capazes, possam contribuir com seu talento e conhecimento para que a educação alcance seus objetivos, que é o melhor para oferecer as nossas crianças.
Jogo de cena
E reforça os argumentos de Bocalom: “O que está ocorrendo no momento, é que um grupo de oposição à atual gestão resolveu criar um factoide – fake -, insatisfeitos com o remanejamento para as salas de aula e tecendo falsas acusações, tentam desestabilizar a gestão da SEME, levando a opinião pública a crer que de fato esteja ocorrendo tais absurdos.
Rasante
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, visitará o Acre no dia 17 de fevereiro, a convite do senador Sérgio Petecão (PSD-AC). Desde o ano passado, Petecão luta para ampliar o atendimento previdenciário a comunidades isoladas e já conseguiu trazer ao estado a liderança do INSS para acompanhar de perto o programa PrevBarco.
Comodidade
O programa leva serviços previdenciários a ribeirinhos, indígenas e quilombolas, garantindo acesso a aposentadorias, pensões, salário-maternidade, perícias e avaliações sociais, sem que os moradores precisem sair de suas regiões. O cronograma inclui atendimentos em Sena Madureira (17 a 21/02), Manoel Urbano (24/02 a 07/03) e Tarauacá (17 a 28/02).
Pauta
Desde o ano passado, Petecão tem cobrado melhorias na oferta desses serviços e, agora, reforça a necessidade de expandir a ação para mais municípios isolados. Por isso, ele solicitou ao presidente do INSS que inclua Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus, Jordão e Porto Walter no atendimento itinerante terrestre, a fim de garantir que mais cidadãos tenham acesso aos seus direitos previdenciários.
Regozijo
“Essa luta é antiga. Desde o ano passado, venho cobrando mais estrutura para garantir que nenhum acreano fique sem atendimento previdenciário. O PrevBarco é um avanço importante do governo do presidente Lula e representa um compromisso real com a inclusão social. Mas ainda há muito a ser feito, e vou seguir batalhando para levar esse serviço a todas as comunidades que precisam”, afirmou Petecão.
A casa caiu
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), denunciado em inquérito da Polícia Federal como um ativo operador com o movimento de 8 de janeiro de 2023, já se prepara para o dia em que será preso, mas, por enquanto, ainda dorme tranquilamente nas noites que antecedem a chegada da Polícia Federal.
Sobressalto
“Eu durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h: ‘É a PF!’”, disse Bolsonaro à agência Bloomberg. Bolsonaro foi indiciado pela PF no fim de 2023 no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
Nova fase
Em clara reação às declarações de Gilberto Kassab, do PSD, na véspera, com críticas a seu governo, e aos baixos índices de popularidade, o presidente Lula inaugurou, em entrevista coletiva surpresa, a segunda fase de seu terceiro mandato. Sob o olhar atento do marqueteiro baiano Sidônio Palmeira, novo ministro da Secretaria de Comunicação, o presidente começou a desenhar uma nova imagem para o governo e para sua interlocução com a população e a imprensa.
Balanço
Lula afirmou que sua terceira gestão não vai bem (“O povo tem razão, a gente não está entregando aquilo que prometeu”), apoiou o aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central (“Não podem dar um cavalo de pau num mar revolto de uma hora para outra”), afagou seu ministro mais atacado, o titular da Fazenda, Fernando Haddad (“extraordinário”), e fez graça com as críticas de Kassab, que garantiu na véspera que, se a eleição fosse hoje, Lula perderia (“Olhei o calendário e vi que a eleição é daqui a quase dois anos, então fiquei despreocupado”).
Contexto
Sobre a decisão do BC de elevar a Selic em um ponto percentual, para 13,25% – na estreia de Gabriel Galípolo na liderança do Comitê de Política Monetária (Copom) –, Lula afirmou não ter se surpreendido e reiterou sua confiança em Galípolo. A queda dos juros, disse o chefe do Executivo, virá quando possível. “Tenho certeza que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça”, disse. Ele também afirmou que “já estava demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente [Roberto Campos Neto], e o Galípolo fez o que entendeu que deveria fazer”.
Reflexo
A reação do mercado à entrevista de Lula foi imediata. Principal índice da B3, o Ibovespa terminou o pregão em alta de 2,82%, aos 126.912 pontos. Foi a maior alta desde maio de 2023. Com isso, o índice caminha para terminar o primeiro mês do ano com ganho acumulado superior a 5%. E o dólar registrou nova queda (de 0,23%), a nona consecutiva, fechando em R$ 5,85 – menor valor desde novembro do ano passado. Mais tarde, Lula voltou a falar sobre economia e disse que o governo “não tem outra medida fiscal” em vista. “Se depender de mim, não tem.”
Bate e rebate
Não há previsão, segundo Lula, de uma conversa direta com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em relação à ameaça de Trump de sobretaxar produtos brasileiros, disse que, caso isso aconteça, fará o mesmo com produtos dos EUA. Mas de acordo com Débora Bergamasco, da CNN Brasil, os dois podem se encontrar em fevereiro. Quem busca mediar o encontro é o empresário Mário Garnero. Seria um jantar, a princípio no dia 17, no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, que pertence ao republicano.
Pontos comum
Foi Garnero quem aproximou Lula de George W. Bush, em 2002, e costurou um jantar entre o então presidente Jair Bolsonaro e Trump, no mesmo local, em março de 2020. Fontes afirmam que, apesar das diferenças ideológicas, há pontos de convergência que podem ser construídos.
Clima
Na leitura de jornalistas políticos da política nacional, o presidente Lula vai tentar reverter a queda de popularidade no palanque. Em uma hora de entrevista coletiva, indicou sua nova estratégia de comunicação, preparada pelo marqueteiro e agora ministro Sidônio Palmeira, para dissipar desconfianças e desmentir que o governo está sem rumo. O presidente voltará às ruas. O temor no Palácio do Planalto é Lula não chegar a 2026 em condições de concorrer a um novo mandato se a crise atual – que está longe de se resumir à comunicação – não for atacada desde já. A disputa de 2026 pairou sobre toda a entrevista. Em síntese, é o modo reeleição que move o governo Lula.