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Termômetro

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Pesquisa Ipec, divulgada ontem, segunda-feira, 19, mostra o governador Gladson Cameli (PP), candidato à reeleição, na frente nas intenções de voto no Acre, com 54% das intenções na pesquisa estimulada. Em seguida vem o petista Jorge Viana, com 25%.

Segundo pelotão

Mara Rocha, do MDB, tem 6%; Sérgio Petecão, do PSD, tem 5% e Márcio Bittar, do União Brasil, 3%. David Hall (Agir), 1% e Nilson Euclides,  do PSOL, não pontuou. Não souberam ou não responderam 4% e votariam branco ou nulo 3%.

Na ponta da língua 

Gladson Cameli também lidera no cenário espontâneo, com 41%; Jorge Viana aparece com 16%; Mara Rocha, 2%; Sérgio Petecão 2%, e Márcio Bittar 1%. David Hall, do Agir, e Nilson Euclides (PSOL) surgem empatados com 1%. Brancos e nulos somam 3%, não souberam ou não opinaram representam 35% do total. 

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Câmara alta 

O deputado federal Alan Rick (UB), continua liderando a disputa pelo vaga no Senado Federal. De acordo com a pesquisa Ipec, Alan está com 33% das intenções de votos dos eleitores, no cenário estimulado. Em segundo lugar, aparece Ney Amorim (Podemos), com 18%, a candidata do PL, Márcia Bittar, com 15% das intenções de votos, seguida de Jenilson Leite (PSDB), com 9%. As candidatas Nazaré Araújo (PT) e Vanda Milani (PROS), aparecem com 6% e 4%, respectivamente. Os outros candidatos marcaram 1%. Nulo e branco somaram 4% e 10% ainda não sabem em quem votar.

Voto consolidado 

Na votação espontânea, Alan Rick tem 17%; Ney Amorim, 9%; Jenilson Leite, 5%, Márcia Bittar, 5%, Nazareth Araújo, 4%, e Vanda Milani, 2%. Sanderson Moura não foi citado e os outros candidatos registraram 2%. Branco e nulo são 3% e não souberam ou não opinaram 53%.

Dados técnicos 

A pesquisa foi encomendada pela Rede Amazônica, e ouviu 800 pessoas entre os dias 16 a18 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais e para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa é registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Are (TRE-AC) sob o número AC-03861/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00155/2022.

Disputa nacional

Pesquisa Globo/Ipec sobre a disputa presidencial divulgada ainda ontem, segunda-feira (19), mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 47% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 31%. Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 7%; e Simone Tebet (MDB), com 5%, e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%.

Amostragem 

O levantamento ouviu 3.008 pessoas presencialmente entre os dias 17 e 18 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-00073/2022. 

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Rescaldo

A campanha de Ciro Gomes, movida a ódio a Lula e ao PT e propagadora da mesma retórica virulenta do Bolsonaro, tem provocado divisões e dissidências no PDT e levado pedetistas a fazerem campanha para eleger Lula no primeiro turno.

Consequências 

É notório o mal-estar de pedetistas, ex-pedetistas, brizolistas e trabalhistas com a campanha bolsonarizada de Ciro, que se posiciona como uma vertente da extrema-direita bolsonarista. Nas últimas semanas cresceu significativamente o incômodo da militância pedetista com o rumo da campanha do Ciro. Em razão disso, inúmeros militantes de base e ativistas sociais vinculados ao PDT abandonaram Ciro e passaram a defender o voto em Lula.

Voltando as origens 

Recentemente, companheiros e aliados históricos de Leonel Brizola – como Siqueira Castro e José Augusto Ribeiro – conclamaram brizolistas e trabalhistas a votarem em Lula.

Identificação 

Nas atividades de campanha nas ruas, apoiadores de candidatos pedetistas aos legislativos estaduais e à Câmara Federal pedem voto a Lula para a presidência, pois sabem que a vinculação a Ciro tem o efeito de uma pesada âncora.

Origens 

O encontro de trabalhistas e pedetistas históricos no dia 21 de setembro, originalmente concebido como evento específico do estado do Rio de Janeiro, deverá contar, também, com a presença de dissidentes pedetistas de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

Espectro

Em razão do interesse despertado nacionalmente, os organizadores do encontro avaliam que também deverão participar do evento pedetistas baianos, pernambucanos e cearenses. Se isso de fato acontecer, significará a nacionalização do processo de adesão de trabalhistas e brizolistas à campanha do Lula.

Bola murcha 

O esvaziamento da candidatura do Ciro não cessa. O vice-presidente da Fundação Leonel Brizola e candidato a deputado estadual pelo PDT do Paraná, Haroldo Ferreira, que também integra o diretório nacional do Partido, pediu afastamento partidário por discordar de Ciro.

Bílis 

Haroldo entende que Ciro “imprime uma campanha odiosa contra o principal candidato de oposição ao regime bolsonarista, lhe impondo pesadas críticas, inclusive, no campo pessoal e familiar”. Na carta enviada a Carlos Lupi [19/8], presidente nacional do PDT, Haroldo diz que Ciro é “o principal detrator de Lula, servindo direta ou indiretamente, de linha auxiliar” do Bolsonaro. Ele ainda se diz constrangido, pois os ataques pessoais do Ciro ao Lula servem de “munição eleitoral nas redes sociais bolsonaristas”. Para o dirigente pedetista, com sua “conduta equivocada”, Ciro nega “a história dos posicionamentos de Brizola”.

Incongruência 

Nesta eleição, que é a eleição mais importante da história do Brasil, Ciro está fazendo o percurso de regressão à sua origem autoritária, direitista e coronelista. Ele, que iniciou a carreira política no PDS, a ex-ARENA, partido de sustentação da ditadura militar, “não tem identidade ideológica profunda com o trabalhismo, o brizolismo e o progressismo”.

Mudança de rumo 

É significativo, por isso, que diante da trajetória cirista de linha auxiliar do bolsonarismo, brizolistas e pedetistas históricos abandonem Ciro para seguir os passos que Brizola com certeza seguiria, se estivesse vivo. Esta posição da militância pedetista que honra a memória de Brizola poderá ser decisiva para a vitória do Lula no primeiro turno – fator central para derrotar o fascismo e deter as ameaças que Bolsonaro e as cúpulas partidarizadas das Forças Armadas representam à democracia.